
Posso até parecer piegas – e é algo que acabo sendo mesmo e nem me importo –, mas depois de tantas perdas em minha vida, aprendi a demonstrar o quanto algo ou alguém é importante para mim. Não é querer aparecer ou ainda falar bonito, mas vocês foram realmente marcantes na minha história, assim como acredito que na história de cada um da nossa turma. De formas e intensidades diferentes. Óbvio. Mas foram.
Desde o sorriso moleque do Guilherme até as palavras contidas da Cíntia, quantos de nós paramos por algum momento para pensar em como seria o depois do “até breve” que demos no dia 14 de agosto de 2010? Em algumas reuniões da turma fiquei imaginando e a dor da saudade já havia me dado alguns olás. Tudo bem, nem todos tinham convívio nos corredores da UCPel ou ainda muito contato além-faculdade, mas marcamos época e deixamos nossa história na própria história da Universidade, na vida dos professores e funcionários... sem contar em nossas casas. Todas as nossas caras e caretas ali, em um quadro, que quando a saudade apertar... lá vamos nós dar uma olhada e lembrar de cada um da ATC 2010/01. Sem contar as fotos e também o nosso DVD que ficou pronto ontem!
Falando em ontem, fiquei acompanhando o resgate dos mineiros do Chile e pensando em como abordaria este texto de hoje. A palavra que veio foi: superação. Superar a saudade de vocês? Isso é virtualmente possível, só que dói não ter o abraço real e carinhoso da Vannine, a palavra equilibrada e centrada da Camila e o choque-elétrico-querido da Paula Gracioli. O aperto de mão acompanhado de um sorriso de canto de boca do Douglas ou ainda os “porquês” da nossa Marília Gabi Herpes, na figura do queridão Felipe. E o boné na cabeça? E a bermuda caindo? Renan puxando o pagode e a Cris fazendo a dança da minhoca para animar a turma.
São só alguns nomes que vieram à cabeça no momento. Continuaria até citar todos, mas sei que muitos estão trabalhando e só abriram o e-mail que levaria até este texto por curiosidade do complemento e não me estenderia além destas linhas, pelo menos agora. Prometo um texto, citando todos, para o nosso churrasco de 1 ano de formatura!
Escutem uma coisa, ou melhor, leiam, para valer, os seguintes parágrafos:
Levem suas vidas pessoais e profissionais ao som de suas melhores músicas. Nossas vidas são feitas de fases, de riso e de dor. Porém, quando algo ruim apertar: lembrem-se de nossos churrascos, de nossas festas, de nossos sorrisos ou até de nossas briguinhas que acabaram em sorrisos no dia 14 de agosto de 2010. Superamos todos os obstáculos com a teoria de que a maior superação foi dar uma curva nas coisas ruins e abraçar as coisas que nos faziam bem.
Levem consigo o meu abraço sincero, o meu carinho e, mais uma vez, o meu muito obrigado por terem marcado e feito a diferença em minha vida. Posso ainda não ter descoberto muitas coisas nestes 23 anos de vida, só que descobri o quanto dois meses longe de vocês me fizeram compreender um pouco mais das palavras superação e saudade. Ir em frente sempre, guardando na mochila (pode ser aquela bem grande, do discurso maior ainda, do Malhão) uma lembrança de cada um de vocês.
A saudade de um tempo bom vivido é a melhor recompensa para dizer que valeu a pena. Espero que vocês se sintam abraçados por mim, pois fiquei mais confortado depois de algumas lágrimas durante a escrita deste texto.
“A vida só gosta de quem gosta dela!” – disse o Jabor.
Então: vivam e sejam felizes, mas muito felizes.
A homenagem aos nossos pais: