Esses dias eu estava indo para Rio Grande, depois de uma semana puxada de faculdade e trabalho, e parei o carro no pedágio. Deveria ter uns três ou quatro carros na minha frente. Abri o vidro e fiquei esperando chegar a minha vez. Coloquei a mão para fora e fiquei olhando para os carros na volta para ver se conhecia alguém. Pedágio é que nem supermercado ou locadora de filmes no domingo, sempre se acaba encontrando alguém conhecido. Memória cansada, mas ainda funcionando, enxerguei um ex-colega da época de escola que não o via desde a 5ª série do Ensino Fundamental, prontamente acenei e perguntei se estava tudo bem e o que ele estava fazendo da vida. “– Tudo beleza cara! Quanto tempo! Tô fazendo Engenharia!” Jogo rápido, a fila do box dele seguiu ele acenou rapidamente e lá foi-se em direção a Noiva do Mar.
Paguei o pedágio, arranquei o carro e segui lembrando de alguns momentos que vivemos e de várias “aventuras” que aprontávamos no saudoso Instituto Cristo Rei. Áureos tempos que a irmã Clecimara saía da porta central com um saco tamanho família cheio de bolas de futebol dos mais variados tipos e tamanhos. Era uma corrida sensacional todo o santo dia. E o gordinho aqui sempre se metia na frente dos outros para pegar aquela pelota que seria a diversão do recreio. Gordinhos se dão mal? Não, eu conseguia ótimas vantagens nessa disputa. Rostinho redondinho, carinha de santo, cabelo cacheadinho como se fosse um anjinho. A melhor bola sempre era a do meu bando! E se não conseguisse a melhor, invadia os jogos dos mais velhos e trocava a bola por outra melhor. A única coisa que era praticamente um acordo tácito que havia: o melhor lugar para jogar futebol era sempre das séries mais avançadas. Isso me deixava furioso! Até que um dia eu consegui jogar. Como? Virei goleiro! Sim, já fui goleiro! Já estourei os cotovelos naquelas quadras de pedritas sem rejuntes. Já quebrei o cotovelo fazendo isso. Mas o ego saiu preenchido daquele campeonato... e eu quebrado direto para o hospital.
Havia também o lendário bar do Jorge. Era a cantina mais variada de todas as escolas da cidade. Tinha desde a famosa torrada até as invenções malucas que apareciam toda a semana. As mais diversas guloseimas da época. Chicletes, balas de goma e o famoso “Kinder Ovo” que resiste até hoje. O gordinho sempre lá na fila. A tática para evitar fila, conseguir comer a tempo e pegar a bola com a Irmã, era simples: pedia para ir ao banheiro cinco minutos antes de soar o sinal do intervalo, se a professora fizesse cara feia, fazia uma carinha de pidão e ao invés de ir ao banheiro, corria para a fila do bar, subia no banquinho para poder enxergar o que queria comer, mandava para dentro o lanche e corria para pegar a bola.
Que beleza! E isso já faz 13 anos! É tão breve na minha memória, que eu lembro de detalhes sórdidos de cada parede, banco ou até a bolsa da Irmã que era uma surrada sacola com o logotipo do Sesi em verde com as antigas linhas brancas no meio do logotipo. O mural do lado do bar com desenhos selecionados pelas professoras para a Festa Junina e depois para o FestCrei. A biblioteca sempre bem organizada pela irmã Maria Luísa com a listinha à direita de quem entrava, em cima do livro com os nomes dos visitantes diários, dos que liam mais livros: Marcos Leivas, Fábio Vianna, Ítalo Costa, Juliana Popiolek, Luana Luvielmo, Taiane Arruda...
Dá saudade desse tempo bom! Mais saudade ainda das pessoas que fizeram parte dele e, hoje, a vida separou por causa de distintos destinos, mas que as lembranças não vão ser apagadas mesmo que novos sonhos e momentos bons sejam vividos. A essência desse tempo nunca irá ser perdida, porque realmente fomos felizes naquela época que não tínhamos que nos preocupar com nada. Onde tudo que queríamos era aprender cada lição, desenhar o colega na lição de casa, jogar bola no recreio, ir para o C.T.G. no final da tarde e ainda ir para as aulas de futebol e vôlei que eram dadas pelo Jorginho.
Lembrei de muitos outros fatos nesse meio tempo do pedágio até a minha casa em Rio Grande. Tantos colegas que viraram amigos e que guardo tantas lembranças desse tempo de escola. Queria eu pagar um pedágio desses todo o final de semana que retorno para a casa, o qual me remetesse a essas boas recordações, desses momentos bons que passaram. Uma alegria de R$5,90 que dá gosto!
O Charlie Brown Jr fez uma música chamada “Como tudo deve ser” onde tem um trecho que diz: “que a felicidade é poder estar com quem você gosta em algum lugar”, e eu, mais do que nunca, já que não posso ter esses momentos de volta, guardo bem seguros no meu coração.
E se esse post pareceu ser um pouco de saudosismo da minha parte, ele é justamente isso. Saudades de um tempo bom, onde todos que cresceram comigo durante bons anos eu não vou esquecer. Tiaguinho, Elisane, Lucas, Éderson, Maíra, Marcela, Gustavo, Leinielie, Nicole, Juliane, Felipe, Gabi, Gabriel, Douglas, Saionara, Luciane, Dolly, Luiz, Marcus, Tatiane, Sales, Hermes, Magregor, Barbieri e várias outros tão queridos colegas! Vivemos um tempo onde a felicidade existiu e existe até hoje sim. E, mesmo que a rotina nos impeça, por falta de tempo por causa de nossos trabalhos ou faculdades, de nos vermos ou sabermos notícias um do outro, eu aprendi que não custa tentar fazer o próximo sorrir quando se há tempo e possibilidade de se fazer isso. Nem que seja com um post assim, lembrando desse tempo bom que certamente não voltará mais. Mas que podemos contar para os nossos filhos e tentar fazer com que eles vivam esses sentimentos. Ou como diria a minha amiga Rosiana: “não deixe que alguém saia da tua presença sem se sentir melhor ou mais feliz!”, concluo assim pois o meu coração acelerou...
Paguei o pedágio, arranquei o carro e segui lembrando de alguns momentos que vivemos e de várias “aventuras” que aprontávamos no saudoso Instituto Cristo Rei. Áureos tempos que a irmã Clecimara saía da porta central com um saco tamanho família cheio de bolas de futebol dos mais variados tipos e tamanhos. Era uma corrida sensacional todo o santo dia. E o gordinho aqui sempre se metia na frente dos outros para pegar aquela pelota que seria a diversão do recreio. Gordinhos se dão mal? Não, eu conseguia ótimas vantagens nessa disputa. Rostinho redondinho, carinha de santo, cabelo cacheadinho como se fosse um anjinho. A melhor bola sempre era a do meu bando! E se não conseguisse a melhor, invadia os jogos dos mais velhos e trocava a bola por outra melhor. A única coisa que era praticamente um acordo tácito que havia: o melhor lugar para jogar futebol era sempre das séries mais avançadas. Isso me deixava furioso! Até que um dia eu consegui jogar. Como? Virei goleiro! Sim, já fui goleiro! Já estourei os cotovelos naquelas quadras de pedritas sem rejuntes. Já quebrei o cotovelo fazendo isso. Mas o ego saiu preenchido daquele campeonato... e eu quebrado direto para o hospital.
Havia também o lendário bar do Jorge. Era a cantina mais variada de todas as escolas da cidade. Tinha desde a famosa torrada até as invenções malucas que apareciam toda a semana. As mais diversas guloseimas da época. Chicletes, balas de goma e o famoso “Kinder Ovo” que resiste até hoje. O gordinho sempre lá na fila. A tática para evitar fila, conseguir comer a tempo e pegar a bola com a Irmã, era simples: pedia para ir ao banheiro cinco minutos antes de soar o sinal do intervalo, se a professora fizesse cara feia, fazia uma carinha de pidão e ao invés de ir ao banheiro, corria para a fila do bar, subia no banquinho para poder enxergar o que queria comer, mandava para dentro o lanche e corria para pegar a bola.
Que beleza! E isso já faz 13 anos! É tão breve na minha memória, que eu lembro de detalhes sórdidos de cada parede, banco ou até a bolsa da Irmã que era uma surrada sacola com o logotipo do Sesi em verde com as antigas linhas brancas no meio do logotipo. O mural do lado do bar com desenhos selecionados pelas professoras para a Festa Junina e depois para o FestCrei. A biblioteca sempre bem organizada pela irmã Maria Luísa com a listinha à direita de quem entrava, em cima do livro com os nomes dos visitantes diários, dos que liam mais livros: Marcos Leivas, Fábio Vianna, Ítalo Costa, Juliana Popiolek, Luana Luvielmo, Taiane Arruda...
Dá saudade desse tempo bom! Mais saudade ainda das pessoas que fizeram parte dele e, hoje, a vida separou por causa de distintos destinos, mas que as lembranças não vão ser apagadas mesmo que novos sonhos e momentos bons sejam vividos. A essência desse tempo nunca irá ser perdida, porque realmente fomos felizes naquela época que não tínhamos que nos preocupar com nada. Onde tudo que queríamos era aprender cada lição, desenhar o colega na lição de casa, jogar bola no recreio, ir para o C.T.G. no final da tarde e ainda ir para as aulas de futebol e vôlei que eram dadas pelo Jorginho.
Lembrei de muitos outros fatos nesse meio tempo do pedágio até a minha casa em Rio Grande. Tantos colegas que viraram amigos e que guardo tantas lembranças desse tempo de escola. Queria eu pagar um pedágio desses todo o final de semana que retorno para a casa, o qual me remetesse a essas boas recordações, desses momentos bons que passaram. Uma alegria de R$5,90 que dá gosto!
O Charlie Brown Jr fez uma música chamada “Como tudo deve ser” onde tem um trecho que diz: “que a felicidade é poder estar com quem você gosta em algum lugar”, e eu, mais do que nunca, já que não posso ter esses momentos de volta, guardo bem seguros no meu coração.
E se esse post pareceu ser um pouco de saudosismo da minha parte, ele é justamente isso. Saudades de um tempo bom, onde todos que cresceram comigo durante bons anos eu não vou esquecer. Tiaguinho, Elisane, Lucas, Éderson, Maíra, Marcela, Gustavo, Leinielie, Nicole, Juliane, Felipe, Gabi, Gabriel, Douglas, Saionara, Luciane, Dolly, Luiz, Marcus, Tatiane, Sales, Hermes, Magregor, Barbieri e várias outros tão queridos colegas! Vivemos um tempo onde a felicidade existiu e existe até hoje sim. E, mesmo que a rotina nos impeça, por falta de tempo por causa de nossos trabalhos ou faculdades, de nos vermos ou sabermos notícias um do outro, eu aprendi que não custa tentar fazer o próximo sorrir quando se há tempo e possibilidade de se fazer isso. Nem que seja com um post assim, lembrando desse tempo bom que certamente não voltará mais. Mas que podemos contar para os nossos filhos e tentar fazer com que eles vivam esses sentimentos. Ou como diria a minha amiga Rosiana: “não deixe que alguém saia da tua presença sem se sentir melhor ou mais feliz!”, concluo assim pois o meu coração acelerou...
p.s.: o remember do cristo rei continua nos próximos posts!
6 comentários:
O Marcos, eu nunca li nada teu que fosse chato, tá! :P
Bobo!
Mas fiquei de cara, eu queria ter te conhecido gordinho de cabelo de anjinho :(
Beijooo :P
Marquinhos, Marquinhos...
O senhor toma "ginko biloba"???? Tenho que dizer que esse post remember me fez voltar no tempo também... E tu lembra literalmente de cada detalhe. Incrível! :)
Muito bom mesmo relembrar aquele tempo onde o nosso maior problema era passar na prova do Armando! hehehe
Mas melhor ainda é ver que depois desse tempo todo e com as nossas vidas tendo tomado rumos diferentes, tu continua sendo o Marquinhos, meu amigo!
P.S: No próximo post tu tem que falar da "queda" da prof. de geografia na aula (Tereza, né?! minha memória não é das melhores).
hehehe
Beijão kinhusss
Bah guri!
Que coisa bem boa! rs...
Acabei de acordar, li teu recado e vim correndo ler!
Ás vezes eu também me pego lembrando, ou contando as nossas façanhas pro marido... rs
Aquela época foi ótima mesmo e compartilhada com pessoas que eram ótimas também, inesquecível!
Um beijão, Marquinhos!
Vais estar pra sempre no coração e na memória!
Fala Grande Marquinhos.
Realmente bons tempos, boas lembranças e muitas mas muitas saúdades.... Acho que no final todos seguimos nossos caminhos e pouco a pouco estamos chegando em nossos objetivos .
Alguns com um pouco mais de responsabilidade outros os mesmos cara de sempre.
Cara era bom!!!! hehehehehe
Um abraço e bom saber que aquela pequena grande turma nos tras apenas boas lembranças !!! abraços
Meu amigo!!sinceramente?to impressionado com a riqueza de detalhes...mas se tu lembrar do nome da tartaruguinha q tinha nas aulas de informatica, eu tiro o cuapeu pro Sr.!!!!!!!
hehhehe
tu tinha q lembrar dos tempos de gordinho(eu incluso)...tempos em q eu fazia o Menino Maluquinho, tempos em q cantava Aquarela com o cabelo embebido em gel!!!
eu tbm lembro de algumas coisas, acho q vou criar um blogger tbm...hehhe
abraços meu amigo do CR e da vida!
oieee menino!
Sim resolvi fazer um blog inspirada sabe em queeeeeeeeeeeeeem??? quem quem quem??? EM TIIIIIIIIIIIIIIIIIII...hehehehe
serio mesmo, vi o teu e fiquei com vontade de ter um tb!
Fiquei honrada que o teu comentahrio foi o primeiro! hehehe
Bjao enormeeee
=*********
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