terça-feira, 5 de outubro de 2010

Away?

Andei comentando com alguém sobre o mIRC e, de repente, o termo “away” surgiu em meio ao papo. Fiquei com ele na cabeça e fui dar uma corrida na Dom Joaquim. Não sei o porquê de ele ter ficado. Away? Naquela época significava uma função do programa de bate-papo, de quando estávamos conectados, mas não próximos ao computador. Mudávamos os nicknames. Por exemplo, maRqUiNhOs[Away-Janta]. Enfim.

Longe, distante. Talvez tenha sido por isso que a palavra ficou martelando em minha cabeça, enquanto pensava em várias coisas boas acompanhadas de algumas músicas no celular. Entre uma mp3 e outra, uma voz feminina cantava que sentimentos bons, e até então esquecidos, podem (re)nascer a partir de uma nova oportunidade para sorrir.

Graças ao velhinho lá de cima, estou tendo tantas! Depois de quase um mês away dos meus amigos e do mundo virtual, em virtude de casos de doença na família, estou de volta ao mundo corrido. Voltei a organizar a minha cabeça dentro da ordem que ela possuía e que me fazia muito bem: estudos, trabalho e vida pessoal. Continuo exagerando nos estudos, nas leituras e no trabalho, mas, o principal: voltei a dar atenção ao meu bem-estar.

Corpo, cabeça e coração.

Já faz praticamente um ano que me fechei como se fosse um cadeado, deixando a chave bem escondida no fundo de uma gaveta dentro de um cd antigo. Aos poucos, de quando em vez, eu abria a tal gaveta e verificava se a chave ainda estava lá. Ela estava. Empoeirada, no cantinho esquerdo daquela caixa de cores ainda reluzentes.

Ali estava a minha essência.

Passaram-se dez meses, algumas estações, quedas; muitos quilômetros percorridos, muitas músicas ouvidas, textos escritos; também as monografias e artigos redigidos. E eu? E a chave? Estava ali, eu sabia que estava. Só não queria pegar até ter a certeza de que eu estava realmente apto a abrir o meu coração e voltar a ter a essência alegre e feliz do "maRqUiNhOs_" dos tempos de mIRC. Uma versão bem atualizada, claro, mas aberta aos diversos motivos que a vida me dá para sorrir e ser feliz.

Ficar away, lá de vez em quando, tem as suas vantagens. Curar a própria ferida ao lado daqueles que nos querem bem é o melhor remédio. Não há farmácia alguma que venda ou farmacêutico que manipule algum. Nós fazemos o nosso tempo e sabemos a dose certa e a hora certa de abrir a gaveta, pegar a chave e dar uma nova oportunidade, mesmo que para isso alguém precise querer pegar a chave e abrir o nosso cadeado.

Nós escolhemos o que queremos realmente viver.

Eu voltei a viver com alegria.

8 comentários:

Unknown disse...

Teu texto diz tudo o que tu passou!!!! Mas como sempre te digo, a vida sempre nos traz surpresas boas qdo menos se esperam e faz aquela chave ser usada de novo!!!!
Curar a ferida sempre é necessário, mas melhor o que pode acontecer depois disso...
Como diria o nosso amigo Momo: "A vida é uma caixinha de surpresas" aiuahaiuah
Abração do teu irmão de coração!!!

Tia Ana disse...

Perdi o sono e vim te te ler! E que coisa mais linda! É tão bom te ver alegre, feliz de novo. Me faz voltar no tempo e lembrar daquele Marquitos que vivia correndo para lá e para cá! Meu filho, o tempo é necessário para arrumar toda a nossa casa. Sejas sempre feliz, sendo aquela pessoa amável que faz todos se sentirem bem com as tuas lembranças molecas ou surpresas queridas! Te amamos!

Ah!! Quero saber dessas novidades!!!

Beijocas!

klinger disse...

Todos nós passamos por momentos que apenas quando estamos sozinhos, entendemos realmente a essência da vida...amadurecimento e experiência vão sendo ganhas, no decorrer do tempo, assim como a frase: "o tempo cura tudo"...enfim...vamo que vamo...sempre junto...sempre ctg...e concordo ctg, "nós escolhemos o que queremos realmente viver" e vou mais além, "nós escolhemos o que queremos realmente viver e ver"...aquele abrass!

Pinto disse...

É meu guri! Como sempre o Sr. traz sábias palavras... mas gostaria de compementar com o seguinte: com o passar dos anos, as experiências vividas, alegrias e tristesas sentidas, aprendemos a nos apegar àquilo que nos dá força e têm realmente valor para nós, mesmo que fiquem guardadas em algum lugar na nossa "caixinha" de sentimentos. Ainda bem, que sempre que precisamos podemos recorrer à ela... assim vamos fazendo nosso tempo, nossas maneiras, sendo - "nós mesmos"!
Assim meu irmão... fico feliz em ver que tua essência de menino maroto está firme e forte, e é muito bom ver novamente o brilho nos teus olhos em fazer aquilo que gostas!!
Abraço do teu irmão!

euuu disse...

vc vai encontrar alguém vá mudar a sua vida inteira da noite pro dia!!!

Lilian disse...

Oi Mala..
muito lindo teu texto. Adoreii ;)

Lika disse...

Hmmm... então, né?! hueuheuhe Falamos sobre isso esses dias?! Te leio aqui e te relembro conversando comigo. O 'cadeado' dá tempo de pôr as coisas no lugar... Aqui o trabalho vai levar tempo, vai ser tarefa pesada. Mas tamo aí, né?! O bom é que posso te usar como exemplo até nisso, né?! huehueuheuhe É quase 1 irmão mais velho, né?! Adulto, responsável, que super me puxa as orelhas... uAHuahUHAHUa Tô ctg! Tô feliz por ti sempre...cada vez mais! Te aMÃO! hahaha Beijooo!

Luh disse...

Eita pessoinha que consegue tocar em qualquer um, palavras fortes, marcantes, palavras que entram e ficam ecoando na mente, nos pensamentos, palavras que acredito se encaixarem na vida de muitas pessoas, realmente as vezes acontecem algumas surpresas em nossas vidas e elas por si mesma acabam começando a tirar a poeira dessa chave que tão escondida estava... só nos cabe decidirmos se vamos ajudar ou se vamos exigir que parem.
Marquinhos, parabens viu, como ja falei, sabias palavras. "Carpe Diem - Curta a vida e aproveite cada momento" até pq o errado é não fazer aquilo que se tem vontade!