terça-feira, 8 de junho de 2010

O que ficou na fotografia


Hoje, pela manhã, no rádio do carro, tocou uma velha canção.Talvez de seis anos atrás ou mais do que isso. Lembro que recém estava no início da primeira faculdade. Um tempo em que tudo era legal, desde o primeiro contato com a televisão ao vivo até a seleção de músicas para apresentar um programa de entretenimento, em uma rádio local. Lembro o primeiro, ao lado do meu irmão Lucas Schuch, na Rádio Alpha FM.

Ao parar de um sinal de vermelho, mesmo com tantos carros perto da gente, sons de buzina ou ainda um vendedor de flores as tentando vender entre os carros parados, é possível voltar no tempo por causa da melodia e da letra de uma música. É como costuma dizer o Paulinho Klinger, "As melhores músicas são aquelas que nos levam de volta à primeira vez que as ouvimos". E ele tem razão.

Hoje o mar faz onda feito criança /
No balanço calmo a gente descansa /

Foi após o primeiro dedilhar de Leoni que a música "Fotografia" veio inteirinha como se fosse uma tarefa do dia a ser realizada em alguns instantes, como se estivesse fresquinha na minha memória. Voltei lá no começo da faculdade e fui lembrando de muitos momentos: das aulas de português do Isvani, das resenhas da Margareth ou ainda das provas de Ciência Política com o Delavechia; das invasões com os amigos da saudosa turma 125: no Pancho, no Krep's da Tia ou ainda no Laranjal e no Cassino.

E o semáforo abriu.

Lembranças.

Tenho certeza que o tempo não as apagará. Todavia, é impossível que algumas não fujam das nossas cabeças com o passar dos anos. Para isso, teremos formas maravilhosas que nos lembrarão: as fotografias, os vídeos e todo o aparato digital. Só que esses podem até quebrar um galho, mas não substituirão o prazer da companhia e do relato ao vivo dos que viveram aqueles momentos.

As cores, figuras, motivos /
O sol passando sobre os amigos /

O prazer da companhia de um amigo é bem maior do que qualquer aparato tecnológico. Daqui 20 ou 30 anos, se todos ainda estiverem por aqui (estarão, se Deus quiser), o prazer será maior ainda, pois teremos novamente a alegria em compartilhar tudo que vivemos um dia. E mais: tudo que acabamos construindo durante o tempo que passou e que a gente não viu de tão rápido que ele correu.

Sem clichê, puxa-saquismo ou coisa parecida: vocês podem até achar que não, mas sempre terão uma residência fixa dentro das minhas memórias e, claro, do meu coração.

O que vai ficar na fotografia /
São os laços invisíveis que havia. /

4 comentários:

Lucas Schuch disse...

Nenhuma fotografia é tão marcante quanto as nossas lembranças. As lembranças são como um making off, os bastidores dessa ou daquela fotografia. Estão cheios de detalhes, ricos em peculiaridades, esses "por trás da câmera". As fotos são somente uma parte do todo, fragmentos dos melhores acontecimentos que podemos registrar. Mesmo com esses fragmentos, dá uma saudade, exatamente como a citação sobre o Paulo no texto. É bom, é revigorante, é nostálgico.

Unknown disse...

É Marcos..é por aí, sempre terão lembranças, momentos os quais lembraremos...é massa isso...sinal que quando aconteceu marcou, e não apenas isso, levaremos dentro de nós, cada segundo! Valeu pela citação!! hehe sempre junto, sempre ctg...grande abraço!!

Dani disse...

laços invisiveis que eu espero daqui 20 anos ainda existirem em nossa tchurminha :D lindas lembranças...! bjsss

rosih disse...

'as cores, figuras, motivos.. o sol passando sobre os amigos.. histórias, bebidas, sorrisos e afeto em frente ao mar!' essa música é linda! é meu esse desejo também, que esses laços permaneçam pra sempre embora cada um encontre seu caminho! :)