quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Reciclagem Artística


As pessoas que freqüentavam o meu apartamento de Pelotas, ano passado, começaram a me chamar de desocupado. O motivo? Só porque comecei a juntar garrafas pet cinco litros em um canto da sala. Entendo que a loucura de uns chega a ser absurda. Mas guardar garrafas plásticas não é algo tão maluco. A meu ver é um gesto solidário. Você sabia que o plástico demora cerca de 100 anos para se decompor? Eu fiz a minha parte. Em 2007, de abril a novembro, lá em casa, foram consumidas 37 garrafas de água pet cinto litros. O que equivale a 185 litros de água potável que foram consumidos durante oito meses, sendo que 20 dias úteis por mês: 160 dias no total. Morando sozinho é uma boa média para quem não toma refrigerante desde 2001. É claro que tomo sucos, nescau, vitaminas e “misturebas”, mas recorro à água para matar a sede ou até quando não tenho vontade de tomar. Segundo os médicos, o correto seria tomar de dois a três litros de água por dia. Fazendo uma conta com base nos números já citados, por alto, levando em consideração apenas a água potável consumida no meu apartamento, a média ficou em 1,15 litros por dia. Tive orgulho disso. Porém, tenho mais orgulho em ter ciência do papel da reciclagem. Não custa nada separar o lixo orgânico do reciclável. Fez pizza? Joga a caixa da pizza no reciclável. Tomou aquele vinho tinto junto com a pizza? Separe o vidro em outra sacola. E aquela latinha de leite condensado? Coloque em outra sacola. Cortou tomate? Fez aquela batida de banana? Separa o orgânico em outra lixeira ou saco plástico. É simples e não custa nada usar um pouco do bom senso para preservar nosso planeta. Quanto às 37 garrafas acumuladas elas terão em breve um destino: virarão uma poltrona (16 garrafas), um puff (6 garrafas) e duas mesas de cabeceira de cama (16). A idéia de montar essas peças surgiu depois de assistir a uma edição do "Programa do Jô" e ver móveis e outros acessórios completamente montados com garrafas pet 2 litros. Eram camas, sofás, abajures e até canoas e jangadas. Além, da entrevista no Jô, existe um outro site muito completo que aborda o assunto reciclagem como uma visão solidária. É o "Recicloteca" – projeto organizado pelo Professor Feijó, criador da técnica de elaboração de móveis com garrafas pet. Vale conferir! Enquanto você olha o site, vou incorporar meu lado artesão e começar a montar as peças. E vocês, que me chamaram de desocupado e até de maluco, terão coragem de sentar na poltrona? Ou colocar os pés no puff? Só quero ver! Vou ali procurar na lixeira do vizinho uma última garrafa para fechar a quantidade correta de garrafas dos meus futuros móveis. Ah! Vocês aí, não esqueçam! Se o Pedro Bial diz para usar o protetor solar, eu reforço: usem e abusem! Só não esqueçam também da importância da água para o corpo. Taquem protetor e água nele. Acreditem.

Um comentário:

Jennifer Azambuja de Morais disse...

Tchê se tem um troço que me irrita é falta de bom senso em relação ao lixo. Não só na separação de reciclável e orgânico, mas também a rua ter virado lixeira pública. É uma vergonha a quantidade de lixo que jogam pelo vidro do carro, do bus e andando pelas ruas. Isso é uma falta de educação e respeito, porque não é só o plástico que demora para se decompor. Mas enquanto a população não viver em um próprio lixão eles não vão se concientizar. E a reciclagem é uma das ações mais perfeitas que têm: poder fazer do lixo algo útil que não irá sujar a cidade. Parabéns! Continua juntando as tuas garrafas e as transforme ou dê para quem possa fazer isoo.