O Natal já se foi. 2008 já chegou e as lojas estão ganhando dinheiro com as liquidações. Mas também estão perdendo. Hãããm? Como assim? É verdade! Vou tentar explicar por uma teoria simples que é fácil de colocá-la em prática. Você já notou a quantidade de um mesmo produto que uma loja adquire? Normalmente em lotes de 50 ou 100. Vamos citar um exemplo: uma televisão de 29 polegadas. Há dois anos atrás, um aparelho televisor era vendido para os clientes das lojas por aproximadamente R$1199,00. Enquanto que o mesmo chegava às lojas custando, a unidade, no preço de fábrica de míseros R$599,00. Agora diminua e veja o quanto às lojas ganhavam em cima de um televisor. Sim, R$600,00 por televisor. Atualmente, os mesmos aparelhos, chegam ao consumidor por volta de R$499,00. Uma redução de 41,61% em cima do valor bruto de venda. E o preço que eles chegam às lojas? De graça? Praticamente. Tudo por causa dos televisores de plasma, LCD e home-theaters de tecnologia digital que acabaram tomando conta das lojas, do mercado concorrente entre as lojas de eletrônicos e, principalmente, no consumismo exagerado das pessoas que tentam alcançar a tecnologia adquirindo essas parafernálias. O sistema analógico funcionará até 2016, enquanto que o sistema digital – já estabelecido em São Paulo – será implantado pelo governo federal juntamente com as emissoras televisivas a passos lentos até 2013 devido ao alto custo de instalação da tecnologia. O que ninguém percebe é o quanto as lojas que vendem esses produtos perdem com isso. Não quero aqui defendê-las ou criticá-las de maneira depreciativa, e sim analisar a situação. Como pessoas físicas e possuidoras de bens, reclamamos constantemente dos impostos e altas taxas que o governo aplica. IPTU, IPVA, IOF e assim por diante. Muito diante. Agora, imagine você quantos impostos uma loja possui? Segundo o SEBRAE de São Paulo, a “impostomania” é a seguinte: IR - Imposto de Renda; CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; PIS - Programa de Integração Social; Cofins - Contribuição Financeira Social; IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; II - Imposto de Importação; ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços; ISS - Imposto sobre Serviços. Vale compreender que é um dever honrar com as obrigações financeiras com base nas receitas adquiridas nas vendas. Muitos dos impostos citados podem ter uma carga relativamente pequena. Porém, são considerados gastos quando executados mesmo que em mínima escala, apoiando-se em lucros reais, presumidos e federais. Envolvendo a jogada toda, o que se pode dizer é que se uma loja não vende suficientemente para suprir o dinheiro gasto no último estoque e tirar uma boa quantia para garantir o próximo, os oito impostos aqui citados mais os gastos com funcionários, equipamentos de segurança e também com o marketing e a propaganda – uma das únicas saídas a fim conseguir renda: manter e aumentar a clientela – o futuro torna-se incerto. Alguém sentiu falta da extinta CPMF? Ainda bem que o ano virou e ela ficou na história. Mas será que ficou? Eu ainda sinto o cheiro dela...
Um comentário:
Não tenho muito o que comentar, pq é realmente isso que acontece. Os impostos estão aí e não são pequenos como eu. Devíamos reagir a isso, mas como???
Postar um comentário