segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O E=m.c² de Einstein

Einstein amava o que fazia, sem dúvida. Números, fórmulas, teorias, experiências mil. Sucessivos erros e “n” consertos para fazer dar certo suas idéias. Física. Ondas mecânicas, quântica. Que alemão bem louco. Era casado com Mileva Maric e tiveram três filhos, um deles morrera ainda bebê. Depois de 16 anos casado com Mileva, divorciou-se – será que ela não alegava falta de atenção do marido? Eu creio que ela reclamava e muito da falta de tempo com ele. Hoje em dia é assim, imagina em 1919?

Em seguida do divórcio o Eistein, galanteador que era, achou um tempinho entre os números e fórmulas e começou a arrastar uma asinha para cima da prima Elsa. Conhaques ao som de Le Villi e Puccini rolaram e entre um show de mágicas com as ferramentas da física, um affair surgiu. Em meses aconteceria o casamento com Elsa. Sim, casou-se com a prima. Era perseverante não só nos números, também no amor, o Albert. Albert, nome do meu bisavô paterno!

Mas o tremendão da física não era apenas um gentleman com as mulheres. A física era o seu alimento diário e a tratava com muito zelo. Imagine aquelas contas intermináveis que aprendemos no ensino fundamental? Ele era como nós, também tinha problemas com números, pasme. Sua dificuldade que o fez correr atrás para tentar compreender como se realizava os cálculos e fórmulas. Em 1905, a famosa e conhecida Teoria da Relatividade havia sido comprovada e publicada. E em 1922, ganharia o Prêmio Nobel de Física pelo estudo sobre o Efeito Fotoeléctricosim, eu desconheço o estudo, mas adianto que o trabalho de Einstein é a base de como funciona a energia atômica. É usado nas bombas nucleares. Coisa pouca, não?

O bigodudo era canhoto – era dos meus. Dizem que canhotos são deveras inteligentes, mas morrem cedo. Acho que vou seguir o exemplo de Einstein, só que na comunicação. Bem, o “Homem Persistência” não parava um segundo. Aquela cabeça tinha uma massa cinzenta de luxo, bem mais luxuosa que a última BMW lançada semana passada. Com 26 anos concluiu o doutorado e publicou quatro artigos abordando as questões da física moderna. E não pararia por aí, é claro. Em 1914 foi elevado ao cargo de diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física e professor da Universidade de Berlim. Mais? Virou cidadão alemão.

Entre cálculos, teorias e muitas reclamações de Dona Elsa – com toda a certeza, que tempo tinha Einstein para tomar um conhaque com sua esposa-prima? –, Albert começou a perder os cabelos. Tantas contas e horas em cima de livros, seria mais do que normal. Einstein começaria a perceber que as descobertas e os compromissos pelo mundo, desde palestras a visitas às universidades de todo o globo, inclusive as do Brasil em 1925, estavam o deixando esgotado.

No retorno do tour pelo mundo, Einstein sentado na cadeira de balanço ao lado de um rádio que tocava uma ópera popular de Puccini, comentou com Elsa:

- “Acho que fico muito pouco tempo ao seu lado. Preciso dar um tempo aos números e às teorias que tanto gosto e lhe dar mais atenção, minha princesa.”


Vapt e vupt!
O rádio foi desligado, as cortinas fechadas e a doméstica dispensada durante uma semana. Na portinhola da casa um pedaço de papel entre a cortina e o vidro dizendo:

“Fechado para balanço!”.


Não era balanço de fórmulas ou amostragens no cantinho de Albert. O único balanço que poderia se escutar durante aqueles sete dias seria os ringires da velha e imperial cama do quarto maior da casa.

Depois dos sete dias de descanso, o bigode voltou aparado e a pele mais bonita, vistosa. A aparência física do corpo estava em perfeitas condições para continuar seus estudos ainda mais com aquele tratamento:

“Bom dia, querido!” – disse Elsa e ainda complementou: “Queres ovos mexidos no café da manhã de hoje?”.

Einstein só balançou a cabeça positivamente enquanto acarinhava a ponta do seu inseparável bigode – primas seriam esposas ideais?

A fórmula E=mc², que dá explicações do conceito físico da matéria, ninguém me tira da cabeça que as letras não significam na verdade a frase: “Einstein = Monstro x Científico²”. E tem mais, é multiplicado e ao quadrado. Canhoto, casado com a prima, pai de dois filhos, autor de seis teorias científicas supra-importantes para a humanidade, além de seis obras literárias publicadas que filosofavam até com certo tom de humor. Era um gênio, um monstro.

Em 1955, aos 76 anos, morre Einstein, um homem gênio perseverante. Teimoso, mas de cabeça aberta. Bem humorado e muito moderninho para sua época. Enxergava além do que poderia ser feito. Aquela língua para fora não era desespero de um sorriso exagerado. Era uma careta de alegria quando alguma teoria dava certo. Ainda mais depois daquela semana de descanso em casa com Elsa. Muitas caretas e línguas para fora. Todos os cálculos deram certo. “O homem do século XX”, segundo a Revista Time. “Era gênio e bom malandro o Einstein”, segundo um tal de Marcos Leivas.

3 comentários:

Anônimo disse...

É tinhas razão , não é o meu preferido .
Porém ele passa uma mega mensagem : a de não desistirmos do que realmente queremos , que por mais dificil e complicado que seja , nós acabamos chegando lá.
Tem momentos em nossas vidas que paramos e pensamos em desistir , mas de uma hora pra outra surge uma força que ultrapassa todas as barreiras.
Dificuldades até Einstein enfrentou , mas sempre seguiu em frente.
Dessa mesma forma nós temos que agir : levantar a cabeça e ir sempre , sem olhar para o que ficou , buscando sempre o melhor , talvez o sentido mais "temperado" da vida :)

Beijao amado.

Anônimo disse...

eh pra parar... pensar, refletir, mudar conceitos, afirmar e reafirmar outros, mas mais ainda, tentar que esses "personsagens", "malucos", "genios", ou, simplesmente, pessoas normais não passem em branco pela história.. ignorantes nós, que não catamos o que há de melhor, assumindo nosso humilde papel de seres humanos... ou melhor Humanos, e não pedras.

De uma coisa podes ter certeza, não pagamos por sermos sonhadores, emprestamos nossa paciência para um dia sermos recompensados... sem chavões ou ditados, a verdade é que sempre TUDO vale a pena! =D

Unknown disse...

Sempre gostei do "bigodudo" Einstei, não pelas descobertas ou pela evolução que nos trouxe, muito menos pela língua para fora, mas por saber que ele conseguiu tudo isso por ter problemas com cálculos e buscar entender. Ele não queria ser o homem do século ou exemplo de perseverança, apenas queria entender os bons e amigáveis números.
Hoje ele é imortal e serve como exemplo de coragem. Entendo isso como "destino". Destino que nos leva a fazer o que queremos e pode nos dar imortalidade.
O pequeno Einstein teve muita sorte e isso deveria ser analisado por muitas pessoas que se julgam incapazes.... Ninguém é incapaz se não tentar.