- Putz! Será que dá tempo de voltar atrás?
Se arrependimento matasse haveria um cemitério a cada quadra. Quem nunca se arrependeu? É difícil alguém ser sensato a ponto de dizer que nunca se arrependeu de alguma coisa do passado. Todos se arrependem. O priminho pequeno, a tia chata e até as nossas fofíssimas avós. Mas os adolescentes! Bem mais. É a fase em que todas as ações são baseadas no impulso e na porra-louquice de decidir sem pensar. Apenas agir.
Com 21 anos, se eu olhar para trás posso dizer que foram poucas as vezes que me arrependi de uma decisão. Sempre tentei preservar o meu lado mais intelectual – aquele da cabeça pensante – mais aguçado, mais ativo. Engano meu. Na fase da adolescência os momentos decisivos são muitos. No fundo, na teoria eu digo que não me arrependo, mas na prática. Bom. As dúvidas se tornam constantes a cada passo. É decidir se prefiro fazer uma pós-graduação ou tento um mestrado. É decidir se quero ficar em casa ou ir para a festa com os meus amigos. É definir qual caminho vou seguir sem que eu perca algum ponto positivo da outra opção. Tudo isso para aprender a abrir mão de alguma coisa para ter outra. Ninguém quer se machucar, sofrer por uma perda. Todos querem tirar proveito de tudo e de todos.
A cabeça humana condiciona o comportamento instintivo de responder imediatamente qualquer pergunta. Se lhe convidam para ir ao cinema. É simples: você é questionado, você precisa dar a resposta. Muitas, mas muitas vezes ficamos sem saber o que falar, como agir diante de uma situação mais embaraçosa. Você deve estar pensando: “Esse exemplo do cinema é besta!”. E é. O problema de tudo é que as indecisões partem daí. A resposta que você der pode ser decisiva para o arrependimento posterior que virá em seguida. Uma cara feia no outro dia ou um rosto inchado de uma noite de choro. Se você disse não, perdeu a chance de passar duas horas assistindo ao filme na companhia daquela pessoa, de conhecê-la melhor e mais, perdeu o pós-filme – normalmente regado por aquele refrigerante bem gelado acompanhando uma bela pizza italiana.
O verbo arrepender é forte. Carregado de dois erres que dão um som grave para a palavra. Só não tão grave quanto o sentimento de arrependimento que nos assola, nos comove e nos faz sofrer. Lembro bem da música do reggueiro Armandinho, “Outra noite que se vai” com a base no violão. Tudo bem, pode não ser o seu estilo musical, mas essa música. Ah, essa música! Já passei por muitas coisas a escutando. Na época, ficava apenas ela na lista do meu player, no repeat. E eu lá, atirado na cama, pensando na vida. A música do Armandinho pode não ser tão complexa como uma letra do Chico Buarque ou do Tom Jobim, mas ela foi suficiente para me ensinar a pensar bastante antes de tomar uma decisão precipitada. Aprendi que é preciso contar até 12 – os dois além de dez são o acréscimo, um segundo pela paciência e outro pela tolerância extra. Nunca se arrependa pelo o que fez e sim pelo o que não fez por pensar demais.
A melhor sensação é poder deitar à noite e dormir uma noite tranqüila, sem pensamentos arrependidos de uma decisão tomada. Em compensação, se essa sensação existir, pense simplesmente: “Eu preciso corrigir isso o quanto antes”. E aja. Mesmo que o tempo já tenha levado para longe e seja difícil de consertar. Tente! Ligue, mande um e-mail ou vá até a casa da pessoa. Não importa o meio e sim a criatividade do gesto. Independente do arrependimento, de um convite de cinema recusado a um término de namoro. Ao menos você foi atrás para contornar a situação e corrigir o erro. Se conseguir, parabéns! Na próxima vez, siga sempre a instrução de contar até 12 e evite os consertos tardios. Caso não tenha conseguido, bem, ao menos você tentou e manteve a sua consciência limpa de que foi atrás em busca da atitude correta. Mas não fique triste, uma boa música conserta a situação, seja com mpb, rock ou reggae. Faça uma playlist. As músicas nos dizem muito. São verdadeiras psicólogas e não cobram os olhos da cara por uma simples ouvidinha.
Se arrependimento matasse haveria um cemitério a cada quadra. Quem nunca se arrependeu? É difícil alguém ser sensato a ponto de dizer que nunca se arrependeu de alguma coisa do passado. Todos se arrependem. O priminho pequeno, a tia chata e até as nossas fofíssimas avós. Mas os adolescentes! Bem mais. É a fase em que todas as ações são baseadas no impulso e na porra-louquice de decidir sem pensar. Apenas agir.
Com 21 anos, se eu olhar para trás posso dizer que foram poucas as vezes que me arrependi de uma decisão. Sempre tentei preservar o meu lado mais intelectual – aquele da cabeça pensante – mais aguçado, mais ativo. Engano meu. Na fase da adolescência os momentos decisivos são muitos. No fundo, na teoria eu digo que não me arrependo, mas na prática. Bom. As dúvidas se tornam constantes a cada passo. É decidir se prefiro fazer uma pós-graduação ou tento um mestrado. É decidir se quero ficar em casa ou ir para a festa com os meus amigos. É definir qual caminho vou seguir sem que eu perca algum ponto positivo da outra opção. Tudo isso para aprender a abrir mão de alguma coisa para ter outra. Ninguém quer se machucar, sofrer por uma perda. Todos querem tirar proveito de tudo e de todos.
A cabeça humana condiciona o comportamento instintivo de responder imediatamente qualquer pergunta. Se lhe convidam para ir ao cinema. É simples: você é questionado, você precisa dar a resposta. Muitas, mas muitas vezes ficamos sem saber o que falar, como agir diante de uma situação mais embaraçosa. Você deve estar pensando: “Esse exemplo do cinema é besta!”. E é. O problema de tudo é que as indecisões partem daí. A resposta que você der pode ser decisiva para o arrependimento posterior que virá em seguida. Uma cara feia no outro dia ou um rosto inchado de uma noite de choro. Se você disse não, perdeu a chance de passar duas horas assistindo ao filme na companhia daquela pessoa, de conhecê-la melhor e mais, perdeu o pós-filme – normalmente regado por aquele refrigerante bem gelado acompanhando uma bela pizza italiana.
O verbo arrepender é forte. Carregado de dois erres que dão um som grave para a palavra. Só não tão grave quanto o sentimento de arrependimento que nos assola, nos comove e nos faz sofrer. Lembro bem da música do reggueiro Armandinho, “Outra noite que se vai” com a base no violão. Tudo bem, pode não ser o seu estilo musical, mas essa música. Ah, essa música! Já passei por muitas coisas a escutando. Na época, ficava apenas ela na lista do meu player, no repeat. E eu lá, atirado na cama, pensando na vida. A música do Armandinho pode não ser tão complexa como uma letra do Chico Buarque ou do Tom Jobim, mas ela foi suficiente para me ensinar a pensar bastante antes de tomar uma decisão precipitada. Aprendi que é preciso contar até 12 – os dois além de dez são o acréscimo, um segundo pela paciência e outro pela tolerância extra. Nunca se arrependa pelo o que fez e sim pelo o que não fez por pensar demais.
A melhor sensação é poder deitar à noite e dormir uma noite tranqüila, sem pensamentos arrependidos de uma decisão tomada. Em compensação, se essa sensação existir, pense simplesmente: “Eu preciso corrigir isso o quanto antes”. E aja. Mesmo que o tempo já tenha levado para longe e seja difícil de consertar. Tente! Ligue, mande um e-mail ou vá até a casa da pessoa. Não importa o meio e sim a criatividade do gesto. Independente do arrependimento, de um convite de cinema recusado a um término de namoro. Ao menos você foi atrás para contornar a situação e corrigir o erro. Se conseguir, parabéns! Na próxima vez, siga sempre a instrução de contar até 12 e evite os consertos tardios. Caso não tenha conseguido, bem, ao menos você tentou e manteve a sua consciência limpa de que foi atrás em busca da atitude correta. Mas não fique triste, uma boa música conserta a situação, seja com mpb, rock ou reggae. Faça uma playlist. As músicas nos dizem muito. São verdadeiras psicólogas e não cobram os olhos da cara por uma simples ouvidinha.
3 comentários:
Perfeito!
Só faltou dizer que são com os arrependimentos que aprendemos e mudamos. Eles podem nos ensinar muito, para que na próxima a coisa seja diferente.
E as músicas realmente são conselheiras infalíveis...
Confirmando oque a Jennifer disse, perfeito!
O tempo é o melhor remédio para algum erro, só ele sabe oque devemos fazer, mas temos que tomar cuidado pra que esse tempo não seja tárdio.
Músicas? Elas vão muito além do que precisamos, independente do ritmo, compositor, melodia.. São elas que ajudam a tormar certas atitudes, são elas que embalam as passagens da vida!
Voltar atras...
Poxa se fosse possivel eu voltaria e mudaria algumas coisas sim...
Quem não voltaria?!
O ser humano é um "bicho" complicado mesmo , fala o que da vontade e muitas e muitas vezes se arrepende depois. Adolescencia entao: Que inferno!!!!
Mas tudo passa aos poucos , amadurecemos e nos centramos melhor no que deve ser feito , pensamos antes de responder , pensamos antes de fazer... Por vezes esses atos de tanto pensar antes de agir tb pode nao ser muito legal , porem é o certo , é o digno de se fazer.
Beijaooo
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