E o diálogo rolava solto, soltinho entre os donos da casa na mesa do almoço. Mesa colocada para seis pessoas. Na cabeceira próxima a porta estava Carlos Alberto com os talhes em punho; na outra Lurdes com seus cachos recheados por bobes nos cabelos. Muito bonito, os líderes da família sentados à mesa. Ao lado direito e do esquerdo dois lugares, ainda vazios. Um deles com um copo já ocupado, marcado por um batom rosa-rosinha e preenchido por um pouco de coca-cola já bebericada.
- Fala família! Que noite, que noite, hein? – dizia Alaor vestindo a roupa do amigo.
- É uma surpresa muito boa te ver meu velho! – retribuía Albertinho.
- Senta-te aí que a bóia já vem!
Minutos de conversa intensa e nostálgica. O fato da noite passada já havia sido colocado em segundo plano pela saudade dos velhos tempos de infância. Mas aquele gol eu nunca vou me esquecer nem que o alzheimer me pegue! – exagerava Alaor. E aquela briga no final do jogo depois do pênalti no Chiquinho? – perguntava o dono da casa. Fatos, causos e estórias de dois bons amigos.
- Pessoal, estão com fome? – falou dona Eulália com um avental de frutas na cintura e com uma colher de pau na mão.
- Pergunta para o macaco se ele quer banana? – ironizou Carlos Alberto.
- A comida já vem, a cozinheira de hoje caprichou, hein Alaor?
- Só quero ver se a senhora mandou bem neste prato especial aí...
- Eu? Tens certeza?
- Sim, não deveria ser?
- Ahhr-rãm...
Aquela resposta balbuciada e saída por entre as chapas de dentes da velhota incomodara o pensamento de Alaor. Prato especial, cozinheira de hoje... Alaor realmente não entendia o que estava acontecendo ali. Com a demora na servida do almoço resolveu verificar como estava o amigo Amanhento.
- Dá licença Alberto, vou dar uma olhada no meu eqüino macanudo enquanto o almoço não chega!
Levantou da mesa devagar, arrastando a cadeira e fazendo as sobrancelhas de Lurdes cerzirem. O chão de tábua fria agora estava arranhado. Lurdes realmente não gostara, mas sorria com um sorriso de canto de boca.
Alaor foi indo em direção ao pátio da casa onde Amanhento deveria estar. E realmente estava. Abriu a porta aberta, assoviou e esperara o amigo caminhar. Amanhento não respondeu. Que estranho! – pensou. O cavalo estava com a cabeça dentro de uma janela, a janela da cozinha da casa.
Caminhou até lá já que o amigo não o atendera com o chamado sonoro. Mas naquela janela não estava apenas o cavalo que comia um punhado de cenoura picotada em uma tigela verde. Alguém estava segurando a tigela e fazendo carinho na crina bem penteada e cuidada do cavalo.
A vida de Alaor estava cheia de surpresas e sustos e, desta vez, mais uma através de uma janela. Uma surpresa do tamanho no mundo na janela daquela cozinha.
- Fala família! Que noite, que noite, hein? – dizia Alaor vestindo a roupa do amigo.
- É uma surpresa muito boa te ver meu velho! – retribuía Albertinho.
- Senta-te aí que a bóia já vem!
Minutos de conversa intensa e nostálgica. O fato da noite passada já havia sido colocado em segundo plano pela saudade dos velhos tempos de infância. Mas aquele gol eu nunca vou me esquecer nem que o alzheimer me pegue! – exagerava Alaor. E aquela briga no final do jogo depois do pênalti no Chiquinho? – perguntava o dono da casa. Fatos, causos e estórias de dois bons amigos.
- Pessoal, estão com fome? – falou dona Eulália com um avental de frutas na cintura e com uma colher de pau na mão.
- Pergunta para o macaco se ele quer banana? – ironizou Carlos Alberto.
- A comida já vem, a cozinheira de hoje caprichou, hein Alaor?
- Só quero ver se a senhora mandou bem neste prato especial aí...
- Eu? Tens certeza?
- Sim, não deveria ser?
- Ahhr-rãm...
Aquela resposta balbuciada e saída por entre as chapas de dentes da velhota incomodara o pensamento de Alaor. Prato especial, cozinheira de hoje... Alaor realmente não entendia o que estava acontecendo ali. Com a demora na servida do almoço resolveu verificar como estava o amigo Amanhento.
- Dá licença Alberto, vou dar uma olhada no meu eqüino macanudo enquanto o almoço não chega!
Levantou da mesa devagar, arrastando a cadeira e fazendo as sobrancelhas de Lurdes cerzirem. O chão de tábua fria agora estava arranhado. Lurdes realmente não gostara, mas sorria com um sorriso de canto de boca.
Alaor foi indo em direção ao pátio da casa onde Amanhento deveria estar. E realmente estava. Abriu a porta aberta, assoviou e esperara o amigo caminhar. Amanhento não respondeu. Que estranho! – pensou. O cavalo estava com a cabeça dentro de uma janela, a janela da cozinha da casa.
Caminhou até lá já que o amigo não o atendera com o chamado sonoro. Mas naquela janela não estava apenas o cavalo que comia um punhado de cenoura picotada em uma tigela verde. Alguém estava segurando a tigela e fazendo carinho na crina bem penteada e cuidada do cavalo.
A vida de Alaor estava cheia de surpresas e sustos e, desta vez, mais uma através de uma janela. Uma surpresa do tamanho no mundo na janela daquela cozinha.
Mais uma janela e mais uma surpresa! Será que não seria a hora de Alaor pegar a estrada e retornar para outras querências já conhecidas? Talvez Deise? Talvez a lida com o campo? Mas isso ele só saberia se tentasse... Tentaria? Bem, isso você só vai saber na seqüência do folhetim "Estradas Alternativas" e, em breve, no desfecho do folhetim, aguarde!
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