Aquelas cutucadas não eram dedos ou apunhaladas de gente. O cutuco no peito, na coxa e na perna direita não eram nem de mãos.
Alaor abriu os olhos e não acreditou na cena que vira. Pensou em reagir saindo da cama de imediato, mas pensou melhor e preferiu não fazer nenhum movimento brusco. Quem sabe sairia de mansinho, assim como um pulo de gato. Relutara. Não poderia sair dali de jeito maneira. Poderia ser perigoso, muito perigoso até. Pensara em casos que via na televisão e até nos jornais do perigo de contrariar uma coisa daquelas.
Uma boca enorme toda babada e uma língua de fora. Alaor acordara com o pit-bull, o animal de estimação de Paulinha, ao seu lado. O mesmo cachorro que quase lhe arrancara o nariz ao colocar a cabeça na portinhola da porta da cozinha. Aquele burra bicho em cima da cama, ocupando o lugar de Paulinha, da cheirosa Paulinha do baby doll rosa. Como sairia dali? Não poderia. O animal ainda dormia o seu sono mais solto, mais pesado. Sonhava como ninguém. Dizem que os cachorros sonham em seguida que fecham os olhos e sonham com vidas passadas. Certamente a ferinha – conforme alcunhara a sua dona – vivera um nadador em outras vidas, pois mexia as quatro patas de maneira simultânea.
Será que esse bicho dormiu aqui comigo toda a noite? Como que ele não tentou me atacar? Será que a Paula estava por aqui ainda? Meu Deus! Por favor, por tudo que é mais sagrado nesta vida, me ajude! Eu lhe devo duas Aves Marias e um pai do nosso do último aperto com a Deise, mas eu pago agora: - Ave Maria cheia de graça, o senhor ... – pôs-se a rezar como uma criancinha que cometera o pecado mais grave como o de enterrar um gato vivo. Tapou-se com o lençol com o movimento mais rigoroso possível até a cabeça e rezou. Rezou, rezou e rezou.
Enquanto Alaor estava aos prantos contidos e com os nervos à flor da pele, Paulinha estava tomando banho. Um banho caprichado depois da noite que tivera de prazer com o desconhecido cavaleiro que invadira seu quintal para dar água ao cavalo. A água quente batia na cabeça e deslizava o corpo de Paulinha, levando a espuma do sabonete pelo corpo e acabando diretamente no ralo. Shampoo na cabeça e movimentos circulares, metódicos e constantes. Alaor gostaria de ver esta cena, bradaria de prazer, como qualquer reles homem. Estava rezando.
Já eram quase 18h e o dia já ia escurecendo. Uma noite de prazer, um dia de sono. Resultado: muita fome. A barriga de Alaor clamava por um arroz campeiro ou até por um sanduíche de presunto. Entretanto, não poderia sair dali. Cruzes! O cachorro ainda estava lá. Pit-bulls são amistosos apenas com os seus donos ou com aqueles que chegam com um pedaço de carne vermelha em punhos. Alaor estava desfavorecido, não tinha nenhuma das duas possibilidades, exceto o seu próprio corpo. Talvez o amigo Amanhento lhe ajudasse. Mas como? Um cavalo não entraria pulando a janela. Correria? O que poderia fazer? Esperaria?
O cavaleiro fora muito paciente. Já abafado com o lençol até a cabeça, ali ficou por mais meia hora. Entre pensamentos soltos e breves devaneios, um cheirinho de tempero verde invadira o quarto: cheiro de comida. Seria a esperada hora de pular daquela cama, caminhar alguns passinhos e sentar à mesa correndo o risco de ser abocanhado pelo cachorro. Talvez até ganhasse um beijo da prenda se chegasse inteiro à cozinha. É, Paulinha era uma mulher de cama, mesa e banho – de cama sabia que literalmente sim, de mesa experimentaria, e de banho, bom, ao menos sabia que a prenda tomava banho.
Imaginava um prato até as bordas de tanta comida. Pelo cheiro do tempero verde, realmente imaginou um carreteirinho com charque e muita pimenta. Só de imaginar, lhe dava água na boca. Salivava. Porém, entre uma saliva, o medo do cachorro e outro devaneio, de repente a campainha tocou.
Alaor abriu os olhos e não acreditou na cena que vira. Pensou em reagir saindo da cama de imediato, mas pensou melhor e preferiu não fazer nenhum movimento brusco. Quem sabe sairia de mansinho, assim como um pulo de gato. Relutara. Não poderia sair dali de jeito maneira. Poderia ser perigoso, muito perigoso até. Pensara em casos que via na televisão e até nos jornais do perigo de contrariar uma coisa daquelas.
Uma boca enorme toda babada e uma língua de fora. Alaor acordara com o pit-bull, o animal de estimação de Paulinha, ao seu lado. O mesmo cachorro que quase lhe arrancara o nariz ao colocar a cabeça na portinhola da porta da cozinha. Aquele burra bicho em cima da cama, ocupando o lugar de Paulinha, da cheirosa Paulinha do baby doll rosa. Como sairia dali? Não poderia. O animal ainda dormia o seu sono mais solto, mais pesado. Sonhava como ninguém. Dizem que os cachorros sonham em seguida que fecham os olhos e sonham com vidas passadas. Certamente a ferinha – conforme alcunhara a sua dona – vivera um nadador em outras vidas, pois mexia as quatro patas de maneira simultânea.
Será que esse bicho dormiu aqui comigo toda a noite? Como que ele não tentou me atacar? Será que a Paula estava por aqui ainda? Meu Deus! Por favor, por tudo que é mais sagrado nesta vida, me ajude! Eu lhe devo duas Aves Marias e um pai do nosso do último aperto com a Deise, mas eu pago agora: - Ave Maria cheia de graça, o senhor ... – pôs-se a rezar como uma criancinha que cometera o pecado mais grave como o de enterrar um gato vivo. Tapou-se com o lençol com o movimento mais rigoroso possível até a cabeça e rezou. Rezou, rezou e rezou.
Enquanto Alaor estava aos prantos contidos e com os nervos à flor da pele, Paulinha estava tomando banho. Um banho caprichado depois da noite que tivera de prazer com o desconhecido cavaleiro que invadira seu quintal para dar água ao cavalo. A água quente batia na cabeça e deslizava o corpo de Paulinha, levando a espuma do sabonete pelo corpo e acabando diretamente no ralo. Shampoo na cabeça e movimentos circulares, metódicos e constantes. Alaor gostaria de ver esta cena, bradaria de prazer, como qualquer reles homem. Estava rezando.
Já eram quase 18h e o dia já ia escurecendo. Uma noite de prazer, um dia de sono. Resultado: muita fome. A barriga de Alaor clamava por um arroz campeiro ou até por um sanduíche de presunto. Entretanto, não poderia sair dali. Cruzes! O cachorro ainda estava lá. Pit-bulls são amistosos apenas com os seus donos ou com aqueles que chegam com um pedaço de carne vermelha em punhos. Alaor estava desfavorecido, não tinha nenhuma das duas possibilidades, exceto o seu próprio corpo. Talvez o amigo Amanhento lhe ajudasse. Mas como? Um cavalo não entraria pulando a janela. Correria? O que poderia fazer? Esperaria?
O cavaleiro fora muito paciente. Já abafado com o lençol até a cabeça, ali ficou por mais meia hora. Entre pensamentos soltos e breves devaneios, um cheirinho de tempero verde invadira o quarto: cheiro de comida. Seria a esperada hora de pular daquela cama, caminhar alguns passinhos e sentar à mesa correndo o risco de ser abocanhado pelo cachorro. Talvez até ganhasse um beijo da prenda se chegasse inteiro à cozinha. É, Paulinha era uma mulher de cama, mesa e banho – de cama sabia que literalmente sim, de mesa experimentaria, e de banho, bom, ao menos sabia que a prenda tomava banho.
Imaginava um prato até as bordas de tanta comida. Pelo cheiro do tempero verde, realmente imaginou um carreteirinho com charque e muita pimenta. Só de imaginar, lhe dava água na boca. Salivava. Porém, entre uma saliva, o medo do cachorro e outro devaneio, de repente a campainha tocou.
Quer saber a seqüência deste folhetim? Então confira amanhã no décimo capítulo de "Estradas Alternativas" o destino da cavalgada de Alaor.
3 comentários:
nem vo fala mto, nao ando com cabeça, mas nao curto pit bull ¬¬
HAEHUIAHUIAHEIUAHEI
aaaaai ki, sério continua assim, arriando nos textos.
te adoro!
to com saudade tua :)
beeeijo
Aiii... sempre termina com clímax... sempre vontade de quero mais... bom, muito bom!!! Continua assim! Mas não teria tanto medo de pitbull como o Alaor...pelo menos penso q não... bjaum
E esse foi como os outros... mais um capítulo recheado de mistério e aventuras do Alaor!!!
Eu só posso dizer que tô esperando o próximo capítulo mais ansiosa ainda!!! Hehehehehe
Parabéns pela história, tá cada dia melhor e mais intrigante!!!
Beijosss!!!
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