O casamento dos pais do meu amigo durou 20 anos, dois meses e dezessete dias, precisamente. Dessa união foram gerados três filhos, duas gurias e um guri – ele, o meu querido amigo. Assim como a relação deles, muitas outras também passam por fases negativas e não seguem em frente, poucas sobrevivem; outras seguem firmes mesmo que mais frágeis ou desvalorizadas. Não foi caso deles, infelizmente.
Anos 70. Namoricos de portão e até as famílias já apresentadas em poucas semanas de namoro, Tudo muito bom, tudo muito bem e resolveram casar. Um espetáculo de união. Viviam juntos para cima e para baixo. Viajavam todos os finais de semana e freqüentavam todas as festas sociais de Rio Grande; eram sempre fotografados e assíduos das colunas sociais.
Anos 80, casaram. E foi só casar que começaram a surgir os problemas. Ciúme, desconfianças, briguinhas, brigonas e brigões. A coisa foi enfraquecendo chegando a ponto da mãe do meu amigo começar a ter ações estranhas, perturbadoras para nós amigos que a víamos agir de modo muito estranho com o marido. Piadinhas infames carregadas de sarcasmo, tipo as do Gregory House, no seriado Dr. House.
Mas eram fases. Virava e mexia e lá estava o pai do meu amigo presenteando-a com colares, roupas, novas viagens e até com carros. Todos os anos ele dava um carro de presente como se o carro fosse comprar a atenção dela para as tarefas de esposa. E conseguia. Comprava a atenção e o interesse dela. Muito bom por um lado, mas por outro se podia perceber o grau de interesse dela. Ridículo.
Entre altas e baixas fases no relacionamento dos dois e na vida corrida da área da saúde na qual os dois atuavam e da qual mantinham a casa e uma vida social bem badalada, nasceram os três filhos. O meu amigo é o do meio, ladeado pelas duas outras gurias. Uma infância rica, repleta de bons brinquedos e computadores de última geração. Viviam muito bem, obrigado.
Os filhos foram o combustível para o casamento dos dois. Entre uma briga e outra, depois dos xingamentos, colocavam a mão na consciência e lembravam dos filhos que cresciam escutando os pais brigando por detrás das portas e os mirando pelo buraco da fechadura. Às vezes, não só os filhos como também os amigos dele – posição na qual me encontrava para relatar esta história.
Sempre quando havia visitas diminuíam a freqüência das brigas. Enquanto um estava no computador estudando relatórios do trabalho o outro estava na rua fazendo algum exercício. Sim, começaram a afastar-se aos poucos com a intenção de diminuírem aquelas brigas. Não poderiam ficar enjoados um do outro. Nem as viagens os ajudavam mais a esquecer os problemas, muito menos as festas sociais que freqüentavam. Elas eram piores ainda, pois teriam de manter a classe e fingir um relacionamento sadio que não mais existia.
Nos dois últimos meses de casamento a situação começou a ficar realmente descontrolada. Vasos voavam dentro de casa e até bilhetes ameaçadores surgiram presos com clips na agenda de trabalho do pai do meu amigo. Algumas peças da casa começaram a sumir misteriosamente bem como a presença da mãe do meu amigo em casa, no papel de esposa e de mãe. Mas onde estaria ela? Bem, você já deve suspeitar aonde e fazendo o quê.
Uma fase negativa deu espaço para um erro imperdoável da mãe do meu amigo e o casamento chegou ao fim depois daqueles 20 anos, dois meses e dezessete dias, sem ainda nem contar o tempo de namoro durante a faculdade. Como bons profissionais da saúde não souberam cuidar do seu relacionamento sendo ponderáveis e criativos com as fases. Especialmente ela, a esposa, mãe e “tia”, que faltou com respeito com o marido, com filhos e até com os sobrinhos emprestados que freqüentavam sua casa e acabavam por assistir às suas insanidades comportamentais – mesmo tendo aquele marido exemplar e sempre preocupado com ela, com os filhos e até com os amigos dos filhos.
A relação desgastou. Desvalorizou. Nada mais tinha solução, ao menos aparentemente. Durante os anos de relacionamento o pai do meu amigo tentou dar um incentivo aplicando boas cifras em estímulos positivos na relação, mas nada surtia um efeito prolongado, contínuo. Todas suas ações foram de curto-médio prazo. Tampões para as crises e até regalias de incentivo durante as fases boas. Desvalorizando, desvalorizando, desvalorizou.
Assim como o casamento dos pais do meu amigo, um outro casamento que anda se desvalorizando é o do Sr. Dólar e da Srta. Economia. Enquanto uns tupiniquins estão tornando-se sérios, sendo exemplos de serem investidos em suas potencialidades, outros estão perdendo valor: estão em crise, em fases negativas. Digo mais, a pior fase desde a última em 1999. Porém, sabemos que são fortes o suficiente para recuperarem suas boas cotações e até torcemos por ele, já que de suas cifras também somos bons bebedores e, ainda, ótimos e aplicados filhos bastardos distribuídos em vários pedaços flutuantes desta conturbada e insana bola azul.
Anos 70. Namoricos de portão e até as famílias já apresentadas em poucas semanas de namoro, Tudo muito bom, tudo muito bem e resolveram casar. Um espetáculo de união. Viviam juntos para cima e para baixo. Viajavam todos os finais de semana e freqüentavam todas as festas sociais de Rio Grande; eram sempre fotografados e assíduos das colunas sociais.
Anos 80, casaram. E foi só casar que começaram a surgir os problemas. Ciúme, desconfianças, briguinhas, brigonas e brigões. A coisa foi enfraquecendo chegando a ponto da mãe do meu amigo começar a ter ações estranhas, perturbadoras para nós amigos que a víamos agir de modo muito estranho com o marido. Piadinhas infames carregadas de sarcasmo, tipo as do Gregory House, no seriado Dr. House.
Mas eram fases. Virava e mexia e lá estava o pai do meu amigo presenteando-a com colares, roupas, novas viagens e até com carros. Todos os anos ele dava um carro de presente como se o carro fosse comprar a atenção dela para as tarefas de esposa. E conseguia. Comprava a atenção e o interesse dela. Muito bom por um lado, mas por outro se podia perceber o grau de interesse dela. Ridículo.
Entre altas e baixas fases no relacionamento dos dois e na vida corrida da área da saúde na qual os dois atuavam e da qual mantinham a casa e uma vida social bem badalada, nasceram os três filhos. O meu amigo é o do meio, ladeado pelas duas outras gurias. Uma infância rica, repleta de bons brinquedos e computadores de última geração. Viviam muito bem, obrigado.
Os filhos foram o combustível para o casamento dos dois. Entre uma briga e outra, depois dos xingamentos, colocavam a mão na consciência e lembravam dos filhos que cresciam escutando os pais brigando por detrás das portas e os mirando pelo buraco da fechadura. Às vezes, não só os filhos como também os amigos dele – posição na qual me encontrava para relatar esta história.
Sempre quando havia visitas diminuíam a freqüência das brigas. Enquanto um estava no computador estudando relatórios do trabalho o outro estava na rua fazendo algum exercício. Sim, começaram a afastar-se aos poucos com a intenção de diminuírem aquelas brigas. Não poderiam ficar enjoados um do outro. Nem as viagens os ajudavam mais a esquecer os problemas, muito menos as festas sociais que freqüentavam. Elas eram piores ainda, pois teriam de manter a classe e fingir um relacionamento sadio que não mais existia.
Nos dois últimos meses de casamento a situação começou a ficar realmente descontrolada. Vasos voavam dentro de casa e até bilhetes ameaçadores surgiram presos com clips na agenda de trabalho do pai do meu amigo. Algumas peças da casa começaram a sumir misteriosamente bem como a presença da mãe do meu amigo em casa, no papel de esposa e de mãe. Mas onde estaria ela? Bem, você já deve suspeitar aonde e fazendo o quê.
Uma fase negativa deu espaço para um erro imperdoável da mãe do meu amigo e o casamento chegou ao fim depois daqueles 20 anos, dois meses e dezessete dias, sem ainda nem contar o tempo de namoro durante a faculdade. Como bons profissionais da saúde não souberam cuidar do seu relacionamento sendo ponderáveis e criativos com as fases. Especialmente ela, a esposa, mãe e “tia”, que faltou com respeito com o marido, com filhos e até com os sobrinhos emprestados que freqüentavam sua casa e acabavam por assistir às suas insanidades comportamentais – mesmo tendo aquele marido exemplar e sempre preocupado com ela, com os filhos e até com os amigos dos filhos.
A relação desgastou. Desvalorizou. Nada mais tinha solução, ao menos aparentemente. Durante os anos de relacionamento o pai do meu amigo tentou dar um incentivo aplicando boas cifras em estímulos positivos na relação, mas nada surtia um efeito prolongado, contínuo. Todas suas ações foram de curto-médio prazo. Tampões para as crises e até regalias de incentivo durante as fases boas. Desvalorizando, desvalorizando, desvalorizou.
Assim como o casamento dos pais do meu amigo, um outro casamento que anda se desvalorizando é o do Sr. Dólar e da Srta. Economia. Enquanto uns tupiniquins estão tornando-se sérios, sendo exemplos de serem investidos em suas potencialidades, outros estão perdendo valor: estão em crise, em fases negativas. Digo mais, a pior fase desde a última em 1999. Porém, sabemos que são fortes o suficiente para recuperarem suas boas cotações e até torcemos por ele, já que de suas cifras também somos bons bebedores e, ainda, ótimos e aplicados filhos bastardos distribuídos em vários pedaços flutuantes desta conturbada e insana bola azul.
5 comentários:
Pô, eu jurando que ia ter um baita desfecho a história, e tu me vem falar de ECONOMIA Marquinhos?! aHAUIOHAOIUhaUIHAUi
Não entendo nada disso! ahuiahUIA
Mas enfim... Fases não são pra sempre neh? Então daqui a pouquinho as moedinhas dão a vlta por cima :)
Comentário super inútil. aHAiouhaui
Beijo Kitooo!
=***
RELACIONAMENTOS SE DESGASTAM COM O PASSAR DO TEMPO, ALGUNS TERMINAM OUTROS PERSISTEM OQUE Ñ ESTA CERTO É ESPOR OS FILHOS A SITUAÇÕES DESAGRADAVEIS PERANTE SEUS COLEGAS E ATÉ MESMO A SOCIEDADE,SE FOR P/ TERMINAR QUE SEJÁ COM DIGNIDADE!!!
E REFERENTE AO DOLAR
É SÓ UMA FASE ELES SEMPRE DÃO A VOLTA POR CIMA...
BJÃO LINDO!!!!!
Valeu marquinhos...parabéns pelas palavras. Apareça no sempalavras.
Abraço
Triste o fim...
Fases ruins todos tem, o complicado é passar por elas, e continuar vivendo normalmente. Alguns conseguem e salvam uma linda historia, outros nao... mas é assim a vida mesmo. Sofrem os filhos, o companheiro/a mas uma hora passa, o ruim mesmo é continuar vivendo sem amor, implorando um pouco de carinho de quem nao tem mais pra dar.
Ai ai... to gostando do que tens postado, pelo menos tenho "sorte" de entrar por aqui nos dias que tem exatamente o que gosto de ler hehehe.
Beijao pra ti querido
ATUALIZAAAAAAAAAA! :D
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