sábado, 14 de junho de 2008

12 Páginas


Desde pequeno eu adoro deixar os outros curiosos. Mas curiosos mesmo! De eles fazerem de um tudo para me fazer falar alguma pista ou até confessar o segredo em questão. Só que o lado ruim disso é quando a situação muda de lado. Quando o feitiço vira contra o feiticeiro.

Ou seja, quando o curioso sou eu.

Dia desses quase morri de curiosidade – e de medo – quando deixaram um pacote surpresa na portaria do meu prédio. Outro dia, quase enfartei de curiosidade quando não quiseram me falar se eu havia ou não sido selecionado para um congresso de comunicação. E, agora, mais essa: inventaram de me mandar mensagens anônimas via celular. Coisa muy intrigante.

Mas pelo contrário do medo que tive quando recebi o tal pacote, desta vez, tive uma surpresa muito boa. Porém, tal surpresa me deixou com uma criação de pulgas atrás das orelhas, que aos poucos foram procriando e dando coceiras intermináveis. Tenho marcas vermelhas e brotoejas até hoje.

Pensei em ligar para o tal número e até responder tal mensagem. Mas como estava ocupado com a pré-monografia de jornalismo fiquei empurrando com a barriga para responder em seguida que a terminasse. Pronto, a terminei e cá estou respondendo.

A mensagem foi muito bonita. Obrigado você aí do DDD 044! Paraná... e não é de Pato Branco, daí – como diria a Bozena em Toma Lá da Cá. Uma declaração. Entendi mais como uma declaração de admiração do que outra alcunha mais profunda alusiva ao dia 12 de junho. Adorei, realmente.

E é com todo o respeito e admiração pelas palavras que tomo a liberdade de reproduzir, nas linhas abaixo, trechos da mensagem em homenagem e resposta ao carinhoso ato de me surpreender e de me deixar curioso:

“Vai parecer estranho, mas quero que leia a minha mensagem. Feliz Dia dos Namorados! Não posso estar ai pessoalmente, muito menos baterei na sua porta antes que este dia termine. Não tenho intenções de ser sua namorada, talvez sermos amigos seja suficiente. Adoro ler suas historinhas através do seu blog famosinho (...)” – começou assim.

Reclamei em um recente texto que intitulei de “Ela Ainda Não Sabe”, escrito neste último dia 12 de junho, Dia dos Namorados, que me sentia triste ao acordar toda a santa manhã sem receber uma mensagem de carinho ou até uma ligação no celular de uma namorada. Essa pessoa queridona – anônima até então – então teve a idéia de me surpreender.

E conseguiu.

Porém, a agonia de saber quem havia mandado a mensagem era imensa. O número já me era desconhecido e o final da SMS não chegava porque de tantos caracteres a minha operadora foi partindo as mensagens. Então, chegava uma a uma. Um pedacinho por vez.

Doze mensagens. Inacreditáveis doze mensagens.

Já no seguinte pedaço da mensagem:

“Cada história me faz lembrar do seu carisma, como reparei ao conhecer você e sua turma. Realmente não foi à toa que ganhou três prêmios, né? (...)" – emendou ela.

Pronto, uma pista. Seria uma das cinco nipônicas que seguiram o tal de Roberto para lá e para cá na apresentação dos trabalhos dele no Intercom Sul? Suspeitei de quem fosse, mas ao menos restringi a um pequeno grupo. Ou não, porque querendo ou não, adoro conversar com várias pessoas, ainda mais em um congresso de comunicação social. Poderia ser qualquer outra pessoa também.

A curiosidade foi aumentando e eu, em aula, distribuindo sorrisos seguidos de balançares de cabeça para lá e para cá, em negativa, pela maldita curiosidade que não chegava ao fim. Já havia passado por muitas outras situações em que o meu faro curioso me aprontou algumas, como foi o caso do Fiat 147 misterioso, mas essa da mensagem foi forte e bem direta, como um cruzado do Mike Tyson.

“Inteligência pude perceber em você, além da beleza é claro... Aliás, amei a historinha do dia três de junho. Para mim foi muito especial. O seu senso de humor e até mesmo o seu sarcasmo foram fundamentais para mim e para as outras três colegas rirem durante toda a manhã na faculdade (...) – continuava a misteriosa pessoa. Seria ela mulher mesmo ou alguma sacanagem masculina?

Já havia recebido alguns trotes via mensagem de texto, e-mail e até outras faladas de alguns amigos que se cobraram das minhas brincadeirinhas fonadas ou escritas, mas esta me alegrou em meio a tanto stress da faculdade e da tal pré-monogr... bem, deixa para lá!

“Mensagem de celular foi a forma mais inusitada que encontrei para te surpreender, já que reclamou que não recebeu nenhuma mensagem ao acordar (...)” – continuava. Deveras querida ela, não?

Segui na esperança de que a mensagem se completasse logo. Logo não pude, pois a minha caixa de mensagens estava cheia e eu nem havia notado. Deletei algumas para liberar espaço depois quando cheguei em casa e a seqüência de mensagens prosseguiu. Agora sim, eu tinha certeza.

Era uma mulher.

Pulando uma boa parte da mensagem, reproduzo mais um trecho na íntegra:

“Enfim, mil beijos e abraços de uma garota que jamais se esquecerá do guri mais gente boa que vem lá do sul (...)” – concluía a misteriosa mulher.

A minha curiosidade durou cerca de cinco horas até que todas as mensagens chegassem ao meu telefone. E dura até agora, pois depois dessa última frase outras ainda foram enviadas, mas o nome... nada.

Tracinhos.

Três tracinhos substituíam o nome da mulher.

E a maldita curiosidade continuou.

Encerrei o meu dia 12 de junho de uma maneira inusitada e triplamente feliz. Primeiro pelo imenso carinho dessa mulher misteriosa, no Dia dos Namorados, que – mesmo sem conseguir ligar a mensagem à pessoa de modo direto – conheci em Guarapuava em junho de 2008. Em segundo pela pré-monografia já entregue e, por último, em terceiro lugar, bem...

Agora é a sua vez de ficar curioso.

6 comentários:

Anônimo disse...

tchê, que mania essa tua de deixar os outros curiosos ein? mais uma vez conseguisses e olha q dessa vez foi com coisas tuas em q o personagem foi tu! hehehe :>

muito bom o texto, juízo!!

abracooo

Andréia Pires disse...

ahhhhhh... conta!! mas que coisa...

Anônimo disse...

Oi Marquinhos!!
Sou a Ruiva do Intercom Sul 2008!!!
akela que desceu no elevador, com a mala q vc se surpreendeu com tamanho, de tão pequena para uma mulher! Bom, segundo a msg, descobri quem é, e te darei uma pista! Ela é uma Japa! A mais gente boa! ;)

Ah, e segundo as Nipônicas, seriam todas Nipônicas mesmo??! e 5?!
uahsiuhs

Belas historias heim! ;)
hsuahisua

=**

Bel Castro disse...

Olá querida Ruiva ...vc nunca viu aquele ditado : _ eu aumento mas não invento?...kkk
isso ai é Palavra de Guri...valeu Marquinhos...

Marcos Leivas disse...

Olha aí as pessoas aparecendo! hehe Fala guria! Beleza? Obrigado pela visita e pelo comentário! :-) Nos vemos no próximo Intercom certero! As cinco seria mais um título para preencher e "agrupar", entende? hehe

Isabel, boa a tua frase parafraseada do Nelson Rubens! E isso aí, todo o toque literário tem sua pontinha de ficção, mas o enredo, em nenhum momento foi alterado dos acontecimentos no Intercom. Obrigado pela visita! Volte sempre que puder! :)

Jandré disse...

mas bah tche que massa

pelo visto o Roberto, teu alter ego, fez sucesso lá com as nipônicas mesmo. É 'BÁRBARO' ter um retorno assim.

E, sim, eu fiquei curioso. O que aconteceu, pombas? É isso que eu chamo de um grand finalle (se é que é assim que se escreve isso). Muito bem pensado, sem noção!

A propósito, o Roberto vai ter que me apresentar umas asiáticas lá em Natal, tá feio o caso hshsshs