domingo, 22 de junho de 2008

Colunismo de Domingo - III

QUE TAL A IGUALDADE?

Vivemos em um tempo de capitalismo em que a moeda de valia não é mais a troca entre insumos ou bens pessoais. É óbvio que a moeda principal é o dinheiro. Ele é quem rege todas as relações do mundo contemporâneo. Seja ela de cunho profissional ou até pessoal – o que me espanta em muitos casos.

Que o Brasil é um país de terceiro mundo todos sabem. Até aqueles que vivem lá fora e não deveriam saber a fim de investirem mais e mais em nossos potenciais. Mas nada disso. Se aqui as coisas não andam bem e lá fora não temos uma boa visibilidade, como fazer para então para nos impulsionarmos a ser uma força crescente e constante nos próximos anos?

O princípio básico da boa relação entre os homens é a igualdade. É a igualdade a partir de apertos de mão, de respeito mútuo na esfera pessoal ou na profissional. Porém, isso se tornou apenas bonito na hora de acertar uma venda ou confirmar o acerto de um empréstimo em um banco.

A igualdade deixou de existir há anos atrás. Em um muito tempo, talvez, em que os ricos ainda precisavam mais ainda dos ditos pobres para fazer suas empresas funcionarem, como um mecanismo contínuo. Você se lembra de Chaplin em Tempos Modernos? Pois bem. É desse jeito que falo.

Em um Brasil com ricos ganhando quase vinte e quatro vezes mais a situação fica extremamente difícil, mas, ao mesmo tempo, esperançosa. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicas (Ipea), liderada por Márcio Pochmann, apresentou recentemente um estudo que mostra a redução da desigualdade em nosso país (aplicado nas grandes capitais), demonstrando que a renda dos pobres cresceu 22% nos últimos anos enquanto a dos ricos apenas 4,9%.

Que haja então, ao menos, igualdade no respeito para com o próximo em relações profissionais ou pessoais. Esperança – palavra que mais se encaixa em nossos destinos.

Boa semana para você, caro leitor! E eu não lhe desejo isso cobrando cifras de volta. No mínimo, espero e anseio pela sua boa educação em retribuir o mesmo. Afinal, somos brasileiros esperançosos e, agora, mais iguais, não?

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