Eu não queria ser a Madonna, a Carla Perez ou a Marta Suplicy. Não queria adotar filhos de outros continentes para aparecer na mídia. Não queria dançar na boquinha da garrafa, da latinha ou do copo nem por necessidade e não queria pertencer a nenhum partido eleitoral, só para ter o gostinho de amadurecer e mudar de opinião a hora que eu bem entendesse sem precisar trocar de partido.
Eu não trocaria meu celular para ser o Brad Pitt, o Ratinho ou o Romário. Não queria ter o rostinho mais bonito do cinema mundial nem ser o marido da Angelina Jolie (mesmo que isso seja quase irrecusável para um homem de bom gosto). Não queria, mas não queria mesmo ser o Ratinho para virar dono de televisão por falta de oportunidade de espaço em rede aberta e também não queria nem ser um artilheiro de mil gols, pois no futuro algum dos gols poderia se virar contra mim para pagar a pensão de algum filho ou filha que aparecesse.
Eu não daria três ou sete milhões de dólares para ser a Claudia Raia, a Dercy Gonçalves ou a Xuxa. Primeiro que eu não gostaria de ter pernas tão lindas, pois arranjaria problema em casa com o meu cônjuge. Quase que gostaria, mas pensando bem não queria ser a Dercy Gonçalves, pois chegar aos cento e alguns anos falando palavrões à toa é sinônimo de desespero ou medo da morte e falando em morto, não queria ser nem morto a Xuxa para suportar centenas de crianças me puxando a roupa e pedindo para mandar beijinho para mamãe e para o papai.
Eu não trocaria a minha cueca da sorte para voltar no tempo e ser Nietzche, Voltaire ou Einstein. O primeiro nem acreditar em Deus acreditava, preferia viver perigosamente e arriscar a vida com qualquer loucurinha. O segundo por mais unânime que fosse, era muito polêmico e polêmica não é meu forte por causa da minha ansiedade e o último, nossa, seria uma honra, mas como eu detesto números, eu e a física seríamos pontos repelidos: eu para cá e ela para lá.
Eu não gostaria de viver a vida que viveu Virgínia Woolf, Alice Sheldon ou a de Françoise Sagan. Não trocaria meus vinte e um anos por uma vida de 59 anos interrompida pela besteira de um suicídio. Não daria a minha adolescência para viver a vida de escritora interrompida também pelo suicídio cometido, após matar o marido com um tiro e nem queria ser a francesinha, pois trocar uma vida sadia que tenho por drogas lícitas e ilícitas e acabar abandonada sem dinheiro algum e cuidada apenas pela solidariedade dos amigos como foi com ela, nã nã nã! Agradeço e admiro apenas as magníficas obras literárias que registraram na história.
Eu não daria a minha caneta Bic mordida para ser o Belo, o Michael Jackson ou Galvão Bueno. Não queria cantar pagode e virar fonte de dinheiro para atrair certas pessoas do lado fácil e negro da vida. Não queria rebolar e fazer coreografias malucas para esconder a vontade de assediar crianças no ápice dos cinqüenta anos e nem queria ser o pai do Cacá ou do Popó, pois ser pai dos dois já seria uma grande responsabilidade (cof!).
Eu não trocaria o meu álbum de figurinhas completo da Copa de 94 para ser a Luciana Gimenez, a Eliana ou Adriane Galisteu. A primeira, bem, definitivamente não queria ser. Já a segunda ou terceira, por mais bonitas e charmosas que são, entrariam em conflito por causa do passado – affairs – em comum que tiveram com Roberto Justus. Será então que gostaria de ser a Luciana? Não, melhor não, ela é muito alta. Sim, alta apenas.
Eu não roubaria nem uma bala da fruteira do seu Castro para ser o Tarcísio Meira, o Reynaldo Gianecchini ou até o Cabeção (Sérgio Hondjakooff) que era da Malhação. Seria muita honra ser um ótimo ator, mas como eu não gosto de atuar acabo excluindo essa possibilidade. Já o segundo, por mais que nos comparem pela semelhança da pele caucasiana, passo reto por ele na vontade de querer ser ele. O Cabeção? Bem, como eu não bebo nada que tenha álcool e o mesmo sumiu da televisão, prefiro ficar na minha água e aparecer na tela aleatoriamente por causa da minha profissão de jornalista
E, por fim, eu também não gostaria de ser o consagrado jornalista Mário Filho, porque dar nome a estádio de futebol como o Maracanã realmente é um ato grandioso, mas é muita responsabilidade para alguém já falecido, você não acha caro leitor? Mesmo pelo sucesso de vida que Mário construiu com muita garra, o bom é ser homenageado em vida, podendo ver aquilo que estão nos relacionando, bem como fez o redondito Faustão concedendo uma homenagem ao excelente e inesquecível ator, compositor e intelectual Mário Lago ainda em vida – usei adjetivos em abundância como fez Faustão, mas também não trocaria o meu Skydiver pelos relógios cebolões do Silva.
Além de todos esses que eu falei eu não queria ser muitas outras pessoas. Mas muita gente mesmo! Seria até mais fácil eu elencar quem eu gostaria de ser. Só que pensando bem, é tão bom ser eu mesmo e não precisar invejar os outros por isso ou por aquilo que eu prefiro apenas admirar os poucos a quem sigo algumas coisas como exemplo, sendo um mero espectador e lhes desejar, aos ainda vivos, muita saúde no restante de suas estradas.
Na verdade, queria ser o que sou mesmo: um cara único, rio grandino, gaúcho, bairrista, teimoso, esperançoso, positivista, orgulhoso, objetivo e enrolado, educado, canhoto, colorado, ala-esquerda metido a centroavante, muito brincalhão e modesto (nem sempre). Aquele que sempre vê o copo da metade para cima, quase cheio. Aquele que é apaixonado pela família, pelos verdadeiros amigos e por tudo de bom que a vida me oferece.
Espero realmente que você não seja assim! Pense um pouco. Que tal cinco segundos? Cinco... a Madonna... quatro segundos... o Belo... três... a Eliana... dois segundos... Xuxa... um... Michael Jackson... tempo encerrado!
E aí? Tudo bem! Não posso ouvir você, mas faço então a minha parte antes que eu mude de idéia como alguns lá de Brasília que costumam mudar de partido como trocam de cuecas:
- Eu não!
Eu não trocaria meu celular para ser o Brad Pitt, o Ratinho ou o Romário. Não queria ter o rostinho mais bonito do cinema mundial nem ser o marido da Angelina Jolie (mesmo que isso seja quase irrecusável para um homem de bom gosto). Não queria, mas não queria mesmo ser o Ratinho para virar dono de televisão por falta de oportunidade de espaço em rede aberta e também não queria nem ser um artilheiro de mil gols, pois no futuro algum dos gols poderia se virar contra mim para pagar a pensão de algum filho ou filha que aparecesse.
Eu não daria três ou sete milhões de dólares para ser a Claudia Raia, a Dercy Gonçalves ou a Xuxa. Primeiro que eu não gostaria de ter pernas tão lindas, pois arranjaria problema em casa com o meu cônjuge. Quase que gostaria, mas pensando bem não queria ser a Dercy Gonçalves, pois chegar aos cento e alguns anos falando palavrões à toa é sinônimo de desespero ou medo da morte e falando em morto, não queria ser nem morto a Xuxa para suportar centenas de crianças me puxando a roupa e pedindo para mandar beijinho para mamãe e para o papai.
Eu não trocaria a minha cueca da sorte para voltar no tempo e ser Nietzche, Voltaire ou Einstein. O primeiro nem acreditar em Deus acreditava, preferia viver perigosamente e arriscar a vida com qualquer loucurinha. O segundo por mais unânime que fosse, era muito polêmico e polêmica não é meu forte por causa da minha ansiedade e o último, nossa, seria uma honra, mas como eu detesto números, eu e a física seríamos pontos repelidos: eu para cá e ela para lá.
Eu não gostaria de viver a vida que viveu Virgínia Woolf, Alice Sheldon ou a de Françoise Sagan. Não trocaria meus vinte e um anos por uma vida de 59 anos interrompida pela besteira de um suicídio. Não daria a minha adolescência para viver a vida de escritora interrompida também pelo suicídio cometido, após matar o marido com um tiro e nem queria ser a francesinha, pois trocar uma vida sadia que tenho por drogas lícitas e ilícitas e acabar abandonada sem dinheiro algum e cuidada apenas pela solidariedade dos amigos como foi com ela, nã nã nã! Agradeço e admiro apenas as magníficas obras literárias que registraram na história.
Eu não daria a minha caneta Bic mordida para ser o Belo, o Michael Jackson ou Galvão Bueno. Não queria cantar pagode e virar fonte de dinheiro para atrair certas pessoas do lado fácil e negro da vida. Não queria rebolar e fazer coreografias malucas para esconder a vontade de assediar crianças no ápice dos cinqüenta anos e nem queria ser o pai do Cacá ou do Popó, pois ser pai dos dois já seria uma grande responsabilidade (cof!).
Eu não trocaria o meu álbum de figurinhas completo da Copa de 94 para ser a Luciana Gimenez, a Eliana ou Adriane Galisteu. A primeira, bem, definitivamente não queria ser. Já a segunda ou terceira, por mais bonitas e charmosas que são, entrariam em conflito por causa do passado – affairs – em comum que tiveram com Roberto Justus. Será então que gostaria de ser a Luciana? Não, melhor não, ela é muito alta. Sim, alta apenas.
Eu não roubaria nem uma bala da fruteira do seu Castro para ser o Tarcísio Meira, o Reynaldo Gianecchini ou até o Cabeção (Sérgio Hondjakooff) que era da Malhação. Seria muita honra ser um ótimo ator, mas como eu não gosto de atuar acabo excluindo essa possibilidade. Já o segundo, por mais que nos comparem pela semelhança da pele caucasiana, passo reto por ele na vontade de querer ser ele. O Cabeção? Bem, como eu não bebo nada que tenha álcool e o mesmo sumiu da televisão, prefiro ficar na minha água e aparecer na tela aleatoriamente por causa da minha profissão de jornalista
E, por fim, eu também não gostaria de ser o consagrado jornalista Mário Filho, porque dar nome a estádio de futebol como o Maracanã realmente é um ato grandioso, mas é muita responsabilidade para alguém já falecido, você não acha caro leitor? Mesmo pelo sucesso de vida que Mário construiu com muita garra, o bom é ser homenageado em vida, podendo ver aquilo que estão nos relacionando, bem como fez o redondito Faustão concedendo uma homenagem ao excelente e inesquecível ator, compositor e intelectual Mário Lago ainda em vida – usei adjetivos em abundância como fez Faustão, mas também não trocaria o meu Skydiver pelos relógios cebolões do Silva.
Além de todos esses que eu falei eu não queria ser muitas outras pessoas. Mas muita gente mesmo! Seria até mais fácil eu elencar quem eu gostaria de ser. Só que pensando bem, é tão bom ser eu mesmo e não precisar invejar os outros por isso ou por aquilo que eu prefiro apenas admirar os poucos a quem sigo algumas coisas como exemplo, sendo um mero espectador e lhes desejar, aos ainda vivos, muita saúde no restante de suas estradas.
Na verdade, queria ser o que sou mesmo: um cara único, rio grandino, gaúcho, bairrista, teimoso, esperançoso, positivista, orgulhoso, objetivo e enrolado, educado, canhoto, colorado, ala-esquerda metido a centroavante, muito brincalhão e modesto (nem sempre). Aquele que sempre vê o copo da metade para cima, quase cheio. Aquele que é apaixonado pela família, pelos verdadeiros amigos e por tudo de bom que a vida me oferece.
Espero realmente que você não seja assim! Pense um pouco. Que tal cinco segundos? Cinco... a Madonna... quatro segundos... o Belo... três... a Eliana... dois segundos... Xuxa... um... Michael Jackson... tempo encerrado!
E aí? Tudo bem! Não posso ouvir você, mas faço então a minha parte antes que eu mude de idéia como alguns lá de Brasília que costumam mudar de partido como trocam de cuecas:
- Eu não!
4 comentários:
Hahah! Eu gosto de ser eu mesma tbm.. Mas me agradaria mt ser parecida fisicamente com a angelina jolie! ahaiuhiuahia ;)
Marquitos!
Esse assédio da mídia andou te fazendo bem, hein??
Que texto divino foi esse??
Se bem que, parando pra pensar, todos os outros também são sensacionais... ahahhah
Adorei a parte da caneta bic mordida e a tal cueca da sorte... (e quanta sorte, depois vem dizer q a minha reza q é boa rsrs)
Eu aposto q tu também não daria a tua foto com a barba por fazer publicada no jornal essa semana pra ser o William Bonner, usar um topete branco e receber boa noite de bilhões de brasileiros insanos. Acertei??
=) Beijo!!
Eu também não, hehehe.
Apesar de saber que toda essa fama tem seu lado bom, não há nada melhor do que ser "desconhecido", poder fazer o que se quer na hora em que se deseja, poder cometer algumas loucurinhas sadias, poder ter segredos, amigos de verdade...isso é que é o melhor da vida!
Beijosss!!!
Realmente marquinhos nada melhor q sermos nós mesmos,lutar pelo q qremos e realmente acreditamos.
se fizermos nosso proprio caminho seremos reconhecidos pelo q somos e fizemos ñ pelo q copiamos.
bjão!!!!
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