sábado, 22 de março de 2008

Casamento

Fui ao cinema assistir “Vestida Para Casar”, uma comédia “meia-boca”, iguais às outras, nada de muito diferente. A protagonista Jane (Katherine Heigl), quando menina, ajuda uma noiva a arrumar o seu vestido rasgado minutos antes de caminhar no corredor da esperança. Com o laço da irmã menor refaz a barra do vestido da noiva e salva o casamento. A partir dali, tudo mudaria na vida daquela menina, que se apaixonaria ali por casamentos. Casamentos esses que seriam programações mais que constantes na sua vida até o esperado dia de seu casamento.

A verdade é simples: toda mulher que casar. Primeiro achar um homem que a faça sorrir, que a faça bem durantes uns anos, talvez três ou quatro. Depois desses anos, esperam que os homens lhes peçam em casamento, noivando mais por um ou dois anos e depois se casam, saem da casa de suas famílias, alugam um apartamento enquanto constroem uma confortável casa e começam a constituir família. Um garotão, outra garotinha e mais casal de gêmeos. Gêmeos? Sim, as coisas nem sempre são como nós planejamos. E por essas exceções ao plano, é que muitos casamentos acabam por ai.

Durante todo o caminho percorrido da porta da igreja até o altar, a noiva deveria olhar focando o noivo, o seu destino final naquele corredor de tapetes vermelhos com bancos ornamentados com arranjos de flores das mais variadas cores. Seriam as cores das flores o motivo de distração da noiva? Nada disso. As noivas, por mais emocionadas que estejam, sabem o que lhes espera ao lado do padre no altar da igreja. Elas desviam o olhar, tentando evitar a emoção, segurando o choro para não estragar a maquiagem. Coisas de mulher que nós, homens, não entendemos, mas aceitamos com o maior grado possível.

Nós, homens instintivos, fazemos diferentes. Chegamos uma hora antes da noiva na igreja. Cumprimentamos as tias velhinhas que se locomovem de suas confortáveis poltronas, em pleno sábado, dia crucial para o desfecho de alguns suspenses das novelas globais. Que bonitinhas elas, não? Além de adorarem uma festa, ainda vão para lá lembrar os seus momentos na caminhada do corredor da esperança – esperança sim, porque todas sempre esperam o melhor depois dos “sim” ditos e reforçados por ambas as partes.

Já o resto das pessoas vai aos casamentos por educação, muita educação. Porque alguns até ateus, acabam indo. É uma questão de superação, nem educação é isso. Outros vão porque torna-se obrigação pela amizade com o noivo ou com a noiva. Sem contar naqueles que vão ao casamento para garantir uma jantinha caprichada e de graça. De graça! Pelos céus, quanta cara de pau! Assim como também acontece nos aniversários de criancinhas e menininhas de 15 anos. Sempre há aqueles que vão para tirar proveito da situação, gozar dos anfitriões com aqueles sorrisinhos forçados, de canto de boca, torcidos. De presente? Uma dúzia de prendedores. Quanta importância!

Importância mesmo é a noiva quem dá a tudo isso. São mais de três horas no cabeleireiro fazendo o melhor penteado, as unhas dos pés e das mãos, sem contar nas horas gastadas no esteticista, limpeza de pele, massagens no corpo. Quanta preparação! Isso sim é dar importância, é investir tudo para que à noite, quando o “sim” for dito, uma nova vida comece com a melhor das esperanças. Esperanças carregadas no corredor de tapete vermelho ladeado por bancos enfeitados com pessoas inclinadas acompanhando não só a noiva, não só aquela mulher de coração aberto, mas também suas esperanças de um futuro feliz e completo ao lado de seu homem, o príncipe sem o cavalo branco. Sem o cavalo branco porque, hoje em dia, nenhuma mais espera o homem perfeito e sim homens que as respeitem e lhes dêem atenção, as chamando de lindas e não de gostosas.

Eu, quando casar, vou ter o maior gosto de chegar horas antes na igreja e cumprimentar cada uma das tias velhinhas. Você deve estar pensando: “Mas ele é um homem como qualquer outro!”. Respondo: “Sou um homem como qualquer outro homem, mas tenho o poder de decidir agir como os outros ou ser a exceção”. Tenho planos, metas e nem sempre as cumpro até o final já que no meio do caminho há desvios e novas submetas. Decisão é a palavra de ordem.

Assim como a protagonista do filme, também sou apaixonado por casamentos. Nunca arrumei um vestido, bem pelo contrário, nunca toquei num vestido de casamento de noiva. Tenho orgulho das histórias de minhas avós e avôs sobre união entre duas pessoas que se amaram, assim também como meus pais. Quero seguir esse exemplo, constituir uma família e criar novos frutos desse amor. Eu, quando casar, mesmo não sendo a noiva, vou perder horas e horas com muito gosto, porque sei que do outro lado, há alguém que irá fazer de tudo para ficar linda para a nossa noite. A única coisa é que eu não vou abrir mão, é fazer a barba para poder ficar me olhando no espelho e tentando enxergar a figura de um Marcos marido, de um Marcos pai. E essa sensação é que vai ser a minha decisão, a minha melhor ordem para a minha vida conjugal. Uma vida feliz.

2 comentários:

Mirela disse...

Mazá, nem inventa de tirar a barba aHAuihaoIUAUhuHUIA
Pô, um homem que adora casamentos? Raro! Mas o Marquito tá sempre surpreendendo neh aHIUAohiu
Eu também adoro casamentos, e normalmente me emociono... Como no casamento dos meus pais, que tive um treco, chorava de soluçar, todo mundo me olhava e depois do 'sim' a minha mãe veio me tremer porque eu tinha chorado e ela não... Fora as parentadas que falaram que já tinham visto idosos chorarem em casamentos, mas nunca guria de 16 anos. aHUAHoauHUIAiu
Mas são coisas que tocam o 'tuntunzinho' da gente... Ninguém sabe o que se passou e o que se sentiu até o 'eu vos declaro marido e mulher'... :)
Beijo marquitooo!
=***

Nati Leivas disse...

Ai ai ai..

se isso tudo for verdade eu TO FEITA NA VIDA..
ahjaahiuahiauhaih

Hmmm to namorando o homem pereito e nao sei??

Tomara que sim..
hehehe

amei o filme, o cinema, o texto e o findi...
:@@@@@@@